Resumo |
Evidências mostram que o consumo excessivo de açúcares, pode comprometer a qualidade da dieta impactando negativamente na saúde. Assim, este estudo objetivou avaliar o consumo de macronutrientes e adequação do consumo de carboidratos simples em estudantes da área da saúde de uma universidade pública de ensino. Participaram deste trabalho 157 mulheres (predomínio) e 30 homens, jovens (21,3 ± 3,4 anos) e clinicamente saudáveis apresentando IMC e PC (perímetro da cintura) médios de 22,03 ± 4,03 kg.m-2 e 72,95 ± 8,96 cm. O predomínio do gênero feminino nos cursos da área de saúde é corroborado por vários estudos que se destinaram a estudar outros tipos de variáveis neste tipo de população uma vez que a área de saúde possui cursos culturalmente procurados mais por mulheres, como nutrição e enfermagem. Foram aplicados questionários semi estruturados e feitas as avaliações antropométrica e dietética dos indivíduos de maneira individualizada. Os resultados revelaram alta ingestão média diária de carboidrato simples (69,21 ± 5,25 g) que consequentemente, aumentou o teor de frutose da dieta (36,22 ± 29,78 g), além de uma baixa ingestão de fibras (15,51 ± 7,30 g). Verificou-se que a ingestão média de carboidratos simples esteve significativamente (p<0,05) associada ao peso corporal (0,172; p=0,041), IMC (0,181; p=0,031), além do consumo dos macronutrientes e do cálcio (0,247; p=0,003). Os dados deste estudo revelaram o desequilíbrio na alimentação de universitários dos cursos de saúde. Foi verificada uma elevada ingestão de carboidrato simples, sobretudo de sacarose além de uma baixa ingestão de fibras alimentares. Também foi visto a associação deste padrão alimentar com sobrepeso e outros aspectos importantes são fatores de risco para algumas doenças crônicas não transmissíveis. Portanto, é de se considerar a criação comissões que avaliem a capacidade dos cursos universitários de saúde de promover mudanças comportamentais importantes no que diz respeito à alimentação e programas de educação em saúde. |