Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 607

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Agroindústria, processamento e armazenamento
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Daniel Francis Ribeiro
Orientador LEDA RITA DANTONINO FARONI
Outros membros André Rodrigues da Costa, LUIZ CARLOS CHAMHUM SALOMAO, PAULO ROBERTO CECON
Título Efeito do ozônio dissolvido em água no controle da antracnose em frutos de mamoeiro
Resumo O mamão (Carica papaya L.) é um fruto importante do ponto de vista nutricional e econômico. O Brasil é o segundo maior produtor, atrás apenas da Índia na produção mundial. É um fruto altamente perecível, sendo as doenças fúngicas de pós-colheita, principalmente a antracnose, causada pelo Colletotrichum gloesporioides, as maiores causas de sua depreciação, com perdas na comercialização. O processo normalmente utilizado para controle dessa doença em pós-colheita inclui tratamento hidrotérmico dos frutos a 49 °C por 20 min, com posterior resfriamento por igual período, além da aplicação de fungicidas. Porém, o uso de defensivos químicos representa riscos ao meio ambiente e à saúde humana, principalmente pela presença de resíduos tóxicos, sendo necessário esperar um período de carência para o consumo dos frutos após a aplicação de tais produtos. As desvantagens ligadas aos tratamentos convencionais tornam necessária a busca de novos métodos de controle da antracnose na pós-colheita do mamão. Uma das alternativas é a utilização do gás ozônio (O3), por ser um forte agente oxidante e antimicrobiano, que pode ser gerado no local de aplicação, descartando a necessidade de manipulação, armazenamento ou eliminação de embalagens. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a eficácia do ozônio dissolvido em água para controle da antracnose em mamões. Foram utilizados mamões ‘Golden’, colhidos no estádio de maturação 1, com até 15% de cor amarela. Os frutos foram inoculados com suspensão de conídios de C. gloesporioides, na concentração de 2,3 x 106 UFC mL-1. Posteriormente procedeu-se à ozonização dos frutos em tanque com água contendo ozônio dissolvido na concentração de 0,8 mg L-1, pelos períodos de 40, 80, 120 e 160 min, em três repetições. Como controle foram utilizados frutos não ozonizados. Após esse processo, os frutos foram armazenados em câmaras climáticas a 11 °C e 80 a 85% UR por 15 dias, para simular as condições de transporte do mamão para países importadores. Nesse período, foi analisado o percentual de área lesionada, estimado com base na área das lesões em relação à área superficial dos frutos, no primeiro e no 15° dia. Posteriormente, a temperatura da câmara foi modificada para 25 °C, sendo feitas análises de percentual de área lesionada nos 17°, 19°, 21° e 23° dias de armazenamento. Durante o armazenamento a 11 °C, não houve aumento significativo de área lesionada por antracnose. Durante o armazenamento a 25 °C, foi verificado menor percentual de área lesionada nos frutos tratados com ozônio, em comparação aos não tratados. Pode-se concluir que a aplicação do ozônio dissolvido na água, na concentração de 0,8 mg L-1 foi eficaz na diminuição da severidade de antracnose na pós-colheita de frutos de mamão ‘Golden’, sendo os melhores resultados obtidos com aplicação por 160 min.
Palavras-chave Colletotrichum gloesporioides,  ozonização,  mamão
Forma de apresentação..... Oral
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