Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 571

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Franciele Macedo da Cruz
Orientador MARIA AUGUSTA LIMA SIQUEIRA
Outros membros Hudson Vaner Ventura Tomé, Micaele Feitosa Araujo, Rodrigo Cupertino Bernardes, Wagner Faria Barbosa
Título Efeitos da ingestão de nim sobre a mortalidade e o desenvolvimento de larvas de Melipona quadrifasciata
Resumo No Brasil, os meliponíneos (Hymenoptera: Apidade, Meliponini) constituem um importante grupo de polinizadores de plantas nativas e cultivadas. Supostamente, diversos fatores, como o uso inadequado de inseticidas, têm contribuído para a redução populacional desses insetos. Neste trabalho, nós investigamos a hipótese de que a mortalidade das larvas de meliponíneos aumenta em virtude da ingestão de alimento larval contaminado com um inseticida botânico denominado nim. Verificamos também se a ingestão do produto altera o tempo de desenvolvimento larval de uma espécie de meliponíneo. Para isso, foram conduzidos bioensaios com a abelha Melipona quadrifasciata. Nos ninhos da espécie foram coletados ovos de abelha e alimento larval. Os ovos foram transferidos para células artificiais de cria e mantidos sobre o alimento. Após a eclosão, as larvas ingeriram o alimento ao longo do desenvolvimento. As larvas foram tratadas com diferentes dietas: tratamento controle (alimento puro) ou alimento contaminado com nim em diferentes concentrações (4,2 ng, 8,4 ng, 42,0 ng, e 840,0 ng de azadiractina/abelha), que correspondem respectivamente às diluições de 1000, 500 100, 5 vezes em relação à dose de campo recomendada (250 ml de Azamax/100L de água). As células de cria foram mantidas em frascos dessecadores acondicionados em BOD, em temperatura de 28ºC, umidade de 98% e 24 horas de escotofase. Diariamente era feita a avaliação dessas larvas com o intuito de observar a sobrevivência e o desenvolvimento, até chegarem à fase de pupa. Cada tratamento continha 24 ovos individualizados nas células de cria. Ao final do experimento, foi observado que não houve efeito significativo da ingestão de nim sobre a sobrevivência larval (X² = 4,14, g.l. = 4, p = 0,387), mas o tempo de desenvolvimento larval foi alterado em virtude do tratamento com o nim (F4,7 = 163,37, p < 0,001). A ingestão da maior concentração de azadiractina (840 ng/abelha) retardou o desenvolvimento larval em relação ao controle (q = 525,1; g.l. = 4,75; p < 0,001).
Palavras-chave azadiractina, ecotoxicologia, meliponíneos
Forma de apresentação..... Oral
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