Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 539

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro UFV
Primeiro autor Luan Ritchelle Aparecido dos Anjos
Orientador LAERCIO DOS ANJOS BENJAMIN
Outros membros Amara Manarino Andrade Goulart, Diego Senra Lopes, Lucas Marcon, Mila Vasques Leandro, Patanjaly Barbosa de Andrade, Paulo Burlamaqui da Silva Filho, Tommy Flávio Cardoso Wanick Loureiro de Sousa
Título Impacto de sistemas de produção agrícola da região de Araponga/MG sobre a integridade tecidual de brânquias de peixes
Resumo A brânquia é um dos principais órgãos que podem indicar os efeitos de agrotóxicos sobre o organismo dos peixes, e quando estes são expostos a um nível elevado de agentes químicos, podem ocorrer danos nesse órgão comprometendo o bem estar do animal, que pode resultar em mortalidade e desequilíbrio de um habitat. Assim, para o presente estudo, foram escolhidas duas propriedades da região de Araponga-MG, uma com sistema produtivo convencional baseado no uso de agrotóxicos em monoculturas, e uma com sistema agroecológico que não utiliza de agrotóxicos e se baseia na diversidade de plantas no ambiente. Este estudo avaliou a severidades das lesões nas brânquias de três espécies de peixes (lambari, tilápia e acará) por meio de análise semiquantitativa. Foram coletados seis peixes de cada espécie em cada propriedade. Todos os peixes capturados foram anestesiados com benzocaína (1:10.000), conforme as normas da Comitê de Ética da UFV. As brânquias foram coletadas e processadas para estudo histológico. As lâminas foram coradas com Hematoxilina-Eosina. Os cortes foram analisados em microscópio de luz (CX31 Olympus) e 10 campos aleatórios foram fotografados em objetiva de 20X para cada animal. O valor do Índice de Alteração Histológica (IAH) foi calculado para cada animal por meio da fórmula: IAH =10º ∑I + 10ˡ ∑II + 10² ∑III, sendo I, II e III correspondentes ao número de alterações de estágio I, II e III, respectivamente. O valor médio de IAH foi dividido em cinco categorias para as brânquias: 0-10= funcionamento normal do tecido; 11-20 = alteração leve a moderada do tecido; 21-50= alteração moderada a severa do tecido; 51-100= alteração severa do tecido; maior que 100= dano irreparável do tecido. Foi utilizado teste t (P<0,05) para comparar valores médios do IAH nas espécies entre as propriedades utilizando-se o programa Statistica (versão 7). As médias dos IAH dos lambaris coletados foram 33,16 e 19,42, sendo no sistema convencional significativamente maior que no sistema agroecológico. Para os acarás, não se contatou diferença, com valores de 20,44 para o sistema convencional e 16,5 para o sistema agroecológico. Nas tilápias, houve diferença significativa entre as duas propriedades, sendo o IAH de 33,75 no sistema convencional e 19 no sistema agroecológico. Esses resultados demonstraram que as brânquias dos acarás foram menos sensíveis aos poluentes presentes na propriedade de sistema convencional do que os lambaris e tilápias. No entanto, nenhuma das espécies apresentou comprometimento severo ou irreparável no tecido branquial em nenhuma das propriedades, com o sistema agroecológico demonstrando menores valores de IAH, o que indica menor impacto ambiental desse sistema produtivo. Os resultados também indicam que as espécies lambari e tilápia podem ser usadas como bioindicadoras de contaminação ambiental em pisciculturas.
Palavras-chave Meio ambiente, bioindicador, histologia
Forma de apresentação..... Painel
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