ISSN |
2237-9045 |
Instituição |
Universidade Federal de Viçosa |
Nível |
Graduação |
Modalidade |
Extensão |
Área de conhecimento |
Ciências Biológicas e da Saúde |
Área temática |
Agricultura, agroecologia e meio ambiente |
Setor |
Departamento de Veterinária |
Bolsa |
PIBEX |
Conclusão de bolsa |
Sim |
Apoio financeiro |
UFV |
Primeiro autor |
Luan Ritchelle Aparecido dos Anjos |
Orientador |
LAERCIO DOS ANJOS BENJAMIN |
Outros membros |
Amara Manarino Andrade Goulart, Diego Senra Lopes, Lucas Marcon, Mila Vasques Leandro, Patanjaly Barbosa de Andrade, Paulo Burlamaqui da Silva Filho, Tommy Flávio Cardoso Wanick Loureiro de Sousa |
Título |
Impacto de sistemas de produção agrícola da região de Araponga/MG sobre a integridade tecidual de brânquias de peixes |
Resumo |
A brânquia é um dos principais órgãos que podem indicar os efeitos de agrotóxicos sobre o organismo dos peixes, e quando estes são expostos a um nível elevado de agentes químicos, podem ocorrer danos nesse órgão comprometendo o bem estar do animal, que pode resultar em mortalidade e desequilíbrio de um habitat. Assim, para o presente estudo, foram escolhidas duas propriedades da região de Araponga-MG, uma com sistema produtivo convencional baseado no uso de agrotóxicos em monoculturas, e uma com sistema agroecológico que não utiliza de agrotóxicos e se baseia na diversidade de plantas no ambiente. Este estudo avaliou a severidades das lesões nas brânquias de três espécies de peixes (lambari, tilápia e acará) por meio de análise semiquantitativa. Foram coletados seis peixes de cada espécie em cada propriedade. Todos os peixes capturados foram anestesiados com benzocaína (1:10.000), conforme as normas da Comitê de Ética da UFV. As brânquias foram coletadas e processadas para estudo histológico. As lâminas foram coradas com Hematoxilina-Eosina. Os cortes foram analisados em microscópio de luz (CX31 Olympus) e 10 campos aleatórios foram fotografados em objetiva de 20X para cada animal. O valor do Índice de Alteração Histológica (IAH) foi calculado para cada animal por meio da fórmula: IAH =10º ∑I + 10ˡ ∑II + 10² ∑III, sendo I, II e III correspondentes ao número de alterações de estágio I, II e III, respectivamente. O valor médio de IAH foi dividido em cinco categorias para as brânquias: 0-10= funcionamento normal do tecido; 11-20 = alteração leve a moderada do tecido; 21-50= alteração moderada a severa do tecido; 51-100= alteração severa do tecido; maior que 100= dano irreparável do tecido. Foi utilizado teste t (P<0,05) para comparar valores médios do IAH nas espécies entre as propriedades utilizando-se o programa Statistica (versão 7). As médias dos IAH dos lambaris coletados foram 33,16 e 19,42, sendo no sistema convencional significativamente maior que no sistema agroecológico. Para os acarás, não se contatou diferença, com valores de 20,44 para o sistema convencional e 16,5 para o sistema agroecológico. Nas tilápias, houve diferença significativa entre as duas propriedades, sendo o IAH de 33,75 no sistema convencional e 19 no sistema agroecológico. Esses resultados demonstraram que as brânquias dos acarás foram menos sensíveis aos poluentes presentes na propriedade de sistema convencional do que os lambaris e tilápias. No entanto, nenhuma das espécies apresentou comprometimento severo ou irreparável no tecido branquial em nenhuma das propriedades, com o sistema agroecológico demonstrando menores valores de IAH, o que indica menor impacto ambiental desse sistema produtivo. Os resultados também indicam que as espécies lambari e tilápia podem ser usadas como bioindicadoras de contaminação ambiental em pisciculturas. |
Palavras-chave |
Meio ambiente, bioindicador, histologia |
Forma de apresentação..... |
Painel |