Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 524

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Doenças, reprodução e comportamento animal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ana Cláudia Ferreira Souza
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Graziela Domingues de Almeida Lima, Rafael Penha Ferraz, Sarah Cozzer Marchesi
Título Exposição crônica ao arsênio altera a morfometria da região da cauda epididimária em ratos
Resumo O arsênio é um metal pesado amplamente encontrado na natureza nas formas inorgânicas de arsenito e arsenato. A primeira forma é considerada a mais tóxica, uma vez que é capaz de reagir fortemente com grupos tiois endógenos. A intoxicação por arsênio pode ocasionar alterações no aparelho reprodutor masculino, porém não se conhece seus efeitos sobre parâmetros morfométricos epididimários. Portanto, o objetivo deste trabalho foi comparar os efeitos do arsenato e do arsenito, em diferentes concentrações, na morfometria da região da cauda do epidídimo. Foram utilizados 30 ratos Wistar adultos randomicamente divididos em cinco grupos experimentais (CEUA número 19/2011). Os animais controle (G1) beberam solução salina, enquanto os animais tratados foram oralmente expostos ao arsenato a 0,01 mg/L (G2) e 10 mg/L (G3) e arsenito de sódio a 0,01 mg/L (G4) e 10 mg/L (G5). Os animais consumiram diariamente 30 mL das soluções por 56 dias. A região da cauda do epidídimo foi seccionada para obtenção de um fragmento por animal, que foi processado histologicamente para inclusão em resina. Cortes de 3 µm de espessura foram corados com Azul de Toluidina, sendo 10 campos histológicos fotografados (Olympus BX53) e analisados no programa Image Pro Plus, considerando os seguintes parâmetros: diâmetros tubular e luminal, altura do epitélio e proporção (%) dos componentes do compartimento tubular (epitélio, lâmina própria, lúmen com espermatozoide, lúmen sem espermatozoide) e intertubular (vaso sanguíneo, tecido conjuntivo e músculo liso). Os resultados foram analisados pelo teste de ANOVA, comparando-se as médias pelo teste de Student Newman Keuls (p = 5%). Os valores foram expressos como média ± erro padrão da média. A região da cauda do epidídimo nos animais do grupo G3 (405,18 ± 16,16 µm) apresentou redução no diâmetro tubular, quando comparada com a média obtida em animais do grupo G1 (490,13 ± 23,28 µm). Animais do grupo G4 também apresentaram redução no diâmetro luminal (362,17 ± 18,52 µm) em relação ao grupo G1 (449,35 ± 25,56 µm). Já em relação a altura média do epitélio, animais do grupo G5 (33,65 ± 2,21 µm) apresentaram maior valor que animais do grupo G3 (25,94 ± 1,75 µm). Na avaliação da proporção volumétrica, observou-se diferença entre os grupos apenas para o percentual de lâmina própria, que apresentou maior média em G2 (3,97 ± 0,76%) em relação a animais do grupo G3 (0,73 ± 0,05%). Em conclusão, o arsênio, nas formas e concentrações testadas, causou alterações morfométricas na região da cauda do epidídimo quando administrado cronicamente.
Palavras-chave epidídimo, arsenito, arsenato
Forma de apresentação..... Painel
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