Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 519

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor José de Oliveira Pinto
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Cristian Silva Teixeira, Fernanda Maria de Sales Silva, Marcela Bueno Martins da Costa, Patrícia da Silva Pereira
Título Plasma rico em plaquetas no tratamento de feridas de pele de equinos: avaliação macroscópica
Resumo O plasma rico em plaquetas (PRP), fonte autógena de fatores de crescimento, vem sendo amplamente utilizado em diferentes tecidos, inclusive na medicina humana, ainda que seus resultados sejam contraditórios. O objetivo desse estudo foi avaliar macroscopicamente, o processo de cicatrização por segunda intenção da pele tratada com PRP. Foram utilizados oito equinos hígidos machos castrados, com idade entre 15 e 17 anos. Duas feridas em formato quadrangular, medindo 6,25 cm2, foram realizadas nas regiões glúteas direita e esquerda de todos os animais. Doze horas após indução de uma das lesões, foi administrado 0,5 mL do PRP em cada extremidade da ferida, utilizando agulha de 24 G. A escolha da ferida a ser tratada foi aleatória, sendo a contralateral utilizada como controle. As lesões foram submetidas à limpeza diária utilizando água Milli Q, e avaliadas clinicamente até seu completo fechamento. O aspecto macroscópico foi avaliado quanto ao aparecimento de crosta, formação de tecido de granulação, e o período máximo para cicatrização. Tanto nos animais tratados como controles, o leito da ferida se manteve totalmente preenchido por uma crosta até aproximadamente o 20° dia, observada imediatamente antes da limpeza diária. Nos dias subsequentes a dimensão das crostas foi reduzindo até próximo ao período final de cicatrização. A formação do tecido de granulação foi visualizada entre 4 e 15 dias (ferida tratada) e 4 e 17 (ferida controle). O tempo máximo necessário para cicatrização das lesões foi de 46 dias em ambos os grupos, sendo os valores médios de 35,50±6,63 dias nas feridas controle, e de 37,50±5,40 dias nas tratadas. Este tempo médio de cicatrização está próximo ao encontrado em feridas não tratadas (38,5±3,9 dias), confeccionadas da mesma forma e na mesma região que a descrita no presente estudo. Feridas realizadas nos membros, tratadas com PRP em gel apresentaram períodos máximos de cicatrização entre 72 e 79 dias. Essa variação entre períodos máximos de cicatrização dependem do diâmetro das feridas, mas também da localização, pois já está definido que feridas cutâneas localizadas no tronco cicatrizam mais rapidamente do que as dos membros. Por outro lado, conforme observado no presente estudo, já existe pesquisa sinalizando que feridas tratadas com PRP, localizadas nos membros, podem apresentar período máximo para fechamento da lesão superior (72 dias) a não tratada (62 dias). O presente pesquisa revelou que a administração local do PRP, em dose única, 12 horas após indução cirúrgica de lesão cutânea, não apresenta, macroscopicamente, benefício adicional desse componente rico em plaquetas no processo de cicatrização da pele da região glútea de equinos.
Palavras-chave cavalos, componentes ricos em plaquetas, cicatrização cutânea
Forma de apresentação..... Painel
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