Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 481

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Administração, gestão e ordenamento territorial e ambiental
Setor Departamento de Administração e Contabilidade
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Jeice Catrine Cordeiro Moreira
Orientador SUELY DE FATIMA RAMOS SILVEIRA
Outros membros Bianca Ribeiro De Nardi Bastos, Marina de Carvalho Almeida, Thaisa Cecília Coelho Barbosa, Wylla Beni
Título Estudo dos efeitos da Abertura De Capital (IPO) no Retorno sobre Investimento (ROI) de Empresas
Resumo Segundo a BMF Bovespa (2013), empresas de capital aberto são aquelas que têm suas ações registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e distribuídas entre um determinado número de acionistas, podendo ser negociadas em bolsas de valores ou no mercado de balcão. Abertura de Capital, segundo FINEP (2000) é o processo pelo qual a propriedade de uma empresa fechada é transferida para um grande número de pessoas que desejam dela participar e que não mantêm, necessariamente, relações entre si, com o grupo controlador. A Oferta Pública Inicial (IPO) de ações é uma importante alternativa para a capitalização de empresas que buscam expandir suas atividades ou reduzir seus passivos financeiros. No Brasil, nos anos de 2000, o número aberturas de capital das empresas aumentou, sendo que, segundo a BMF Bovespa (2013), de 2009 a 2012, 31 empresas passaram por esse processo. Tendo em vista a importância e atualidade do tema, o presente trabalho teve como objetivo analisar a eficácia da abertura de capital, sob o ponto de vista da maximização da riqueza dos acionistas, verificando se esta produziu efeitos relevantes no Retorno Sobre o Investimento (ROI). Os objetos de estudo foram as empresas listadas na BMF&Bovespa: as 16 empresas que fizeram IPO nos anos de 2010 a 2012, excluídas 9 por falta de informações para todos os anos. Foi utilizado um modelo de regressão com dados em painel, em que as variáveis independentes foram descritas por: grau de alavancagem financeira (GAF), liquidez corrente, e a variável dummy IPO: (1) para as empresas que abriram o capital no ano analisado e (0) para o ano em que ela não estava com o capital aberto; e a variável dependente foi dada pelo ROI das empresas. A base de dados consistiu nos índices extraídos dos Demonstrativos Contábeis dos anos de 2009 a 2012, horizonte temporal que incluiu os anos de aberturas de capital das empresas, considerando também o ano anterior às suas aberturas de capital. Os dados foram coletados diretamente do site da BMF&Bovespa ou nos sites de cada uma das empresas listadas. Averiguou-se que todas as variáveis, conjuntamente, foram significativas, conforme o p-valor da estatística F. O R² ajustado indicou o percentual das variações no ROI explicado pelas variações nas variáveis explicativas utilizadas, sendo esse percentual de 15,26%. Confirmou-se a influência da do IPO no ROI das empresas, assim como o efeito do GAF sobre o este; a liquidez corrente, no entanto, mostrou-se não significativa. Por fim, a análise do coeficiente da Dummy IPO mostrou que o ano de abertura de capital houve aumento de 3,38 vezes no ROI das empresas. Dessa forma, pôde-se concluir que apesar de certas desvantagens na opção por abrir o capital, como custos para fazer abertura, custos incrementais para mantê-la aberta, underpricing na emissão de ações, entre outras, estas normalmente são compensadas por vantagens como estabelecimento de um valor superior para empresa e, principalmente, pelas variações positivas no ROI.
Palavras-chave IPO, ROI, empresas de capital aberto
Forma de apresentação..... Painel
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