Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 477

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Esporte, saúde e lazer
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Samuel de Souza Sales
Orientador LUCIANA MOREIRA LIMA
Outros membros Gustavo Antonio de Oliveira, JOAO CARLOS BOUZAS MARINS, Valéria Cristina de Faria
Título A influência da dieta pré-exercício sobre os níveis de potássio durante exercício em cicloergômetro
Resumo Introdução: O potássio (K) é o principal eletrólito intracelular e determinante no potencial elétrico. Durante o exercício ele é liberado do meio intracelular para o extracelular e posteriormente para a corrente sanguínea. Qualquer alteração significativa da sua concentração normal (3,5 a 5 mEq/L) pode causar efeitos na condução dos impulsos nervosos, acometendo principalmente o músculo cardíaco, considerando a hipercalemia. O presente estudo visa avaliar a influência da composição de refeições pré-exercício de diferentes índices glicêmicos e o tipo de hidratação nos níveis de K antes e durante o exercício. Métodos: Foram avaliados 12 homens saudáveis com médias de idade: 23 ± 2,05, IMC: 23,97 ± 1,65, % gordura: 13,47 ± 2,29 e VO2máx(extrapolado): 41,32 ± 8,73. Os voluntários realizaram três sessões experimentais pré-exercício: de alto índice glicêmico (AIG); de baixo índice glicêmico (BIG); e em estado de jejum, sendo nesta última oferecida duas formas de hidratação durante o exercício, água ou bebida carboidratada (CHO). As refeições eram oferecidas 30 minutos antes de um exercício em cicloergômetro com duração de uma hora na faixa de 60 a 70% do VO2máx(extrapolado). Amostras de sangue foram obtidas após 10 horas de jejum, 15 e 30 minutos de repouso e a cada 20 minutos em exercício. As dosagens de K foram realizadas utilizando-se o equipamento Abbott i-STAT. Todos os dados foram analisados utilizando-se ANOVA. Resultados: Houve diferença entre os tratamentos apenas entre o procedimento de jejum com hidratação CHO em relação ao de BIG no tempo de 60 minutos de exercício (p=0,019), atingindo as médias de 4,8 e 5,2 mEq/L respectivamente. Na análise temporal todos os valores de repouso foram inferiores aos de exercício no experimento de jejum com hidratação com água (p<0,05), e apesar do comportamento semelhante no procedimento de jejum com hidratação CHO, aos 60 minutos de exercício os valores de K foram similares com os de repouso. Após 30 minutos de consumo da refeição de AIG, que contém banana, o nível de K aumentou (p<0,05) e se manteve durante todo o exercício, enquanto que após o consumo da refeição de BIG esses níveis se elevaram (p<0,05) apenas com 40 minutos de exercício. Importante destacar que durante o exercício após a ingestão alimentar de ambas as dietas, foram observadas médias com níveis superiores a 5 mEq/L. Conclusão: Os dados indicam que quando o exercício é realizado em estado de jejum, a hidratação CHO parece ser mais eficaz na manutenção dos níveis normais de K ao longo do tempo. Já com a ingestão pré-exercício, os alimentos componentes parecem ter influenciado na resposta, antecipando ou prorrogando o aumento desses níveis. Contudo, é importante considerar que a resposta metabólica durante o exercício aumenta os níveis de K naturalmente. Os aumentos nos níveis de K encontrados no estudo não podem ser considerados de risco aos indivíduos saudáveis que praticam atividade física, independente da dieta pré-exercício realizada.
Palavras-chave Potássio, Índice glicêmico, Cicloergômetro
Forma de apresentação..... Oral
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