Resumo |
O uso de energias alternativas vem ganhando espaço e se tornou uma necessidade frente à tendência ao esgotamento dos recursos finitos e poluentes. O Brasil possui um grande potencial de produção de energia fotovoltaica, fato justificado pelas suas baixas latitudes, que permitem um intenso recebimento de radiação solar em seu território durante todo o ano. Esse recurso vem se ampliando a partir de incentivos, o que tende a tornar a energia fotovoltaica mais acessível. No caso do Brasil, um passo importante foi a Resolução Normativa nº 482, em que a energia excedente passou a ser ligada à rede pública. No caso de edifícios institucionais o consumo é muito significativo, em especial a Biblioteca Central da Universidade Federal de Viçosa, onde pode ser notada uma grande representatividade dos gastos com iluminação artificial. Em contrapartida, ela está localizada em um espaço aberto do campus, o que permite insolação em todo o edifício, além de seu formato "podium" facilitar o recebimento de radiação. Foram simulados 11 modelos, sendo um modelo real, um modelo base (com a introdução do sistema de ar condicionado em toda a edificação), e nove modelos alternativos, nos quais as tipologias de proteção solar e cobertura com superfícies fotovoltaicas foram inseridos no modelo base. Os modelos alternativos apresentaram uma redução no consumo anual do edifício de 4,9% com a aplicação dos sistemas fotovoltaicos em proteções solares e na cobertura. Um índice que descreve o potencial da edificação para receber sistemas fotovoltaicos foi proposto: o Rendimento Volumétrico Compositivo. Ele relaciona a radiação recebida pelo edifício à geração fotovoltaica de acordo com a volumetria de cada modelo alternativo, mostrando sua eficiência para abrigar sistemas geradores de energia fotovoltaica. Pode-se concluir, portanto, que tal tipologia apresenta um potencial significativo para a geração local de eletricidade, primeiro passo para uma caracterização da malha urbana como uma grande usina geradora de energia. |