Resumo |
Responsável por 1 em cada 8 mortes em todo o mundo, o câncer é responsável por mais mortes que Aids, tuberculose e malária combinadas, ocupando o primeiro lugar em causas de mortes em países desenvolvidos e o segundo lugar em países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde, o impacto global do câncer mais que dobrou nos últimos 30 anos (WHO, 2008a) e poderá ter um aumento de até 50% até 2020, de 10 milhões de novos casos no ano 2000 para 15 milhões em 2020, sendo que dois terços dos óbitos ocorrerão principalmente sobre os países de médio e baixo desenvolvimento. A incidência do carcinoma hepatocelular (CHC) praticamente dobrou nos últimos 20 anos e já se tornou a quinta neoplasia mais comum no mundo e a terceira causa de morte relatada por câncer, ultrapassada apenas pelo câncer de pulmão e estômago. A taxa de sobrevida é baixa e não ultrapassa os seis meses. Estudos epidemiológicos, clínicos e experimentais mostram que muitos constituintes da dieta, entre os quais encontram-se os flavonoides, curcumina, licopeno, polifenóis, isoflavonas e carotenos, estão associados à quimioproteção contra diferentes tipos de câncer em órgãos como mama, próstata, pulmão, cólon, estômago, fígado e rim. É estimado que mais de dois terços das neoplasias humanas poderiam ser prevenidos pela modificação do estilo de vida, incluindo a dieta. Um número cada vez mais de componentes da dieta tem sido reconhecido como agentes anticarcinogênicos. Própolis, pelas suas atividades biológicas atribuídas aos seus componentes químicos, apresenta-se como um suplemento alimentar efetivo para ser utilizado no tratamento do câncer, um produto natural com propriedades farmacológicas positivas, que pode ajudar a melhorar no tratamento do câncer e na qualidade de vida dos pacientes. Está sendo conduzido um trabalho experimental para avaliar os efeitos anticarcinogênicos da própolis brasileira e de três flavonoides. Para isso, células do carcinoma hepático humano estão sendo cultivadas em quatro concentrações do extrato de própolis e dos flavonoides, com análise espectrofotométrica da viabilidade celular pela metodologia do corante vermelho neutro, em três períodos de tempo de cultivo celular (24, 48 e 72 horas). |