Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 428

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Ítalo Augusto da Costa Soares
Orientador SIRLENE SOUZA RODRIGUES SARTORI
Outros membros Cinthia Kazue Arizono, Daiane Cristina Marques dos Santos, Marcelo José Dias Ferreira, Vanessa Kely de Castro Germano
Título Estudo comparativo do sistema endócrino gastroenteropancreático de répteis squamatas da Zona da Mata Mineira
Resumo A regulação endócrina das funções digestivas é exercida pelo sistema gastroenteropancreático, constituído por células dispersas no epitélio do trato digestório. Tais células são argentafins, capazes de reduzir sais de prata, ou argirófilas, capazes de absorver a prata que é reduzida por um agente redutor. Também são designadas como tipo aberto, quando apresentam prolongamento apical alcançando o lúmen, ou tipo fechado, quando não alcançam. O objetivo do trabalho foi identificar e caracterizar células endócrinas argirófilas e argentafins no tubo digestivo de três espécies de répteis squamatas: Bothrops jararaca, Tropidurus torquatus e Tupinambis merianae. Foram utilizados quatro espécimes de cada espécie, oriundos de Guiricema e Viçosa, MG, que foram eutanasiados com superdosagem de tiopental. O tubo digestivo foi retirado, fragmentado, fixado em formalina por 24h e incluído em parafina. Secções de 4um foram submetidas às técnicas de Grimelius e Masson Fontana, para células argirófilas e argentafins, respectivamente. Tais células, apresentando variadas formas e grânulos secretores geralmente na porção infranuclear, foram observadas no epitélio do tubo digestivo das três espécies. No esôfago de B. jararaca foram identificadas somente células argirófilas, restritas à região caudal; no esôfago de T. torquatus foram raras as células argentafins, fusiformes, e ausentes as células argirófilas, que surgiram na transição esôfago-estômago, com forma oval a piriforme; e no esôfago de T. merianae haviam raras células argirófilas, com forma arredondada a ovalada, e células argentafins mais numerosas, com forma oval, piriforme ou alongada. Nos segmentos estomacais fúndico-cranial, fúndico-caudal e pilórico das espécies foram observadas células argirófilas e argentafins com forma oval ou piriforme, distribuídas na base epitelial, principalmente nas glândulas fúndicas, sendo que o estômago pilórico de B. jararaca apresentou também células argirófilas fusiformes. O intestino delgado de B. jararaca e T. merianae apresentou escassas células argirófilas e argentafins, bastante afiladas; e o de T. torquartus mostrou células argirófilas com forma piramidal ou alongada, e argentafins ovais, piriformes ou fusiformes, distribuídas no epitélio basal. O intestino grosso de B. jararaca apresentou células argirófilas e argentafins no epitélio basal, sendo mais freqüentes as argentafins, e por vezes possuíam grânulos supranucleares; já o de T. torquartus e T. merianae apresentou células argirófilas piramidais a alongadas, e argentafins com variadas formas e grânulos infra ou supranucleares. Conclui-se que células endócrinas são raramente encontradas no esôfago, sendo as argentafins mais frequentes. Pela forma celular, pode-se dizer que células do tipo fechado predominaram no estômago, onde possivelmente respondem à distensão ou estímulo humoral, e as do tipo aberto, nos intestinos, respondendo às alterações do pH ou da composição do conteúdo luminal.
Palavras-chave célula enteroendócrina, célula argentafin, célula argirófila
Forma de apresentação..... Oral
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