Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 411

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Flávia Fonseca Bagno
Orientador JOSE HUMBERTO DE QUEIROZ
Outros membros Fernando Almeida Santos, Gabriella Peterlini Tavares, Wilton Soares Cardoso
Título Produção e caracterização de uma Carboximetilcelulase de Pycnoporus sanguineus
Resumo Os biocombustíveis estão ganhando um espaço cada vez maior no cenário mundial e incitam a expectativa de diminuir a emissão de poluentes e reduzir a dependência por recursos não renováveis. Este trabalho teve como objetivo a obtenção de uma celulase com potencial de aplicação em processos de produção de etanol de segunda geração. Procurou-se obter, extrair e caracterizar uma Carboximetilcelulase (CMCase) produzida pelo fungo Pycnoporus sanguineus. Avaliou-se o crescimento do mesmo utilizando como substrato palha de cana-de-açúcar e sorgo como fonte de carbono. Os substratos acrescidos com o meio mínimo foram acondicionados em sacos de polipropileno os quais foram inoculados com P. sanguineus. Os sacos foram incubados em BOD a 28 ºC. A extração da enzima foi feita com tampão citrato de sódio e agitação por uma hora, em seguida, o material foi filtrado e armazenado -4 ºC. Os ensaios de atividade foram feitos pelo método do ácido-3,5-dinitrosalicílico (DNS) e a concentração de açúcares redutores foi determinada com base na curva de calibração de glicose previamente estabelecida. Primeiramente foi realizado um ensaio para determinar a atividade celulósica total presente no extrato, com tiras de papel de filtro e atividade de CMCase foi avaliada a partir da dosagem de açúcares redutores produzidos pela degradação de carboximetilcelulose (CMC). A enzima foi caracterizada quanto ao tempo necessário para reação, determinação de pH, temperatura ótima e termoestabilidade. A CMCase foi purificada parcialmente efetuando-se uma cromatografia de exclusão molecular e uma cromatografia de troca iônica. O sorgo não propiciou um substrato de crescimento satisfatório para o fungo nas condições de cultivo estabelecidas. Entretanto, o P. sanguineus cresceu e produziu a CMCase quando cultivado na palha de cana-de açúcar. A CMCase oriunda do fungo Pycnoporus sanguineus, crescido em palha de cana-de-açúcar, exibiu melhor atividade em meios ácidos, com pH entre 3 e 4 . A enzima apresentou atividade crescente e acima de 80% na faixa de temperatura de 40-70 ºC, tendo seu melhor desempenho a 70 ºC. Em relação à termoestabilidade, a atividade relativa foi superior a 90% nas primeiras 12 horas de incubação, mantendo-se estável por 36 horas, e possuindo atividade residual de 32% após 84 h, a 70 ºC e em pH 4. Os resultados indicaram que a enzima CMCase do fungo P. sanguineus têm um elevado potencial para ser utilizada em processos industriais, inclusive aqueles que requerem altas temperaturas.
Palavras-chave celulase, etanol de segunda geração, palha de cana-de-açúcar
Forma de apresentação..... Painel
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