Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 410

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Karina Dias Amaral
Orientador TEREZINHA MARIA CASTRO DELLA LUCIA
Título Efeito da azadiractina na imunocompetência de operárias de Acromyrmex subterraneus subterraneus (Hymenoptera: Formicidae:Attini)
Resumo As formigas-cortadeiras, assim como todos os insetos sociais ao longo do processo evolutivo, desenvolveram diferentes métodos de defesa em busca da sobrevivência da colônia. A existência de um sistema de defesa altamente complexo nas formigas-cortadeiras tem dificultado o desenvolvimento de estratégias mais elaboradas de controle desses insetos praga. A procura de pontos de ruptura nesse sistema deve ser sempre considerada em pesquisas de modo que a introdução de agentes de controle biológico possa ser mais eficiente no processo de combate. Dentre as substâncias químicas que afetam negativamente o sistema imune de insetos, conhecem-se, por exemplo, os efeitos imunossupressores da actinomicina D, da ciclohexamida, da hidrocortisona e da azadiractina. Este trabalho teve por objetivo avaliar a resposta imune de operárias de Acromyrmex subterraneus subterraneus ao imunossupressor azadiractina, sintético e natural, presente na folha de Nim (Azadirachta indica). Também foi comparada a taxa de infecção das operárias por um entomopatógeno antes e após a aplicação do imunossupressor. O parâmetro utilizado para medir a imunocompetência foi a taxa de encapsulação de um antígeno padronizado, um microfilamento de náilon, que induz a reação de encapsulação e melanização, após a aplicação tópica da azadiractina sintética, enquanto que para o imunossupressor natural a encapsulação foi realizada após as operárias serem submetidas à dieta a base de folha de Nim. Após a introdução dos antígenos, as operárias foram colocadas individualmente em tubos de ensaio de vidro e, posteriormente, incubadas em B.O.D. a 25ºC por 24 horas. Em seguida os microfilamentos foram retirados da hemocele, montados com resina em lâminas de microscópio. As fotomicrografias obtidas em microscópio (Olympus BX 50, câmera Olympus QColor 3) foram analisadas no programa Image J, adotando-se que quanto mais escura a imagem maior a taxa de encapsulação do microfilamento. A taxa de infecção pelo entomopatógeno Aspergillus ochraceus foi verificada com a aplicação tópica do imunossupressor azadiractina nas concentrações de 5%, 25% e 50% juntamente com uma suspensão de esporos do referido fungo na concentração de 106, no tórax das operárias. A mortalidade foi verificada diariamente durante uma semana. Não se verificou diferença na taxa de encapsulação das operárias submetidas à dieta a base da folha de Nim, o que também foi observado nos testes à base de soluções sintéticas de azadiractina. Porém, houve um aumento da mortalidade por entomopatógeno após o tratamento com solução de azadiractina. Esses resultados mostram que o imunossupressor azadiractina deve ser melhor estudado a fim de se verificar seus efeitos em outras espécies de formigas-cortadeiras, sua ação fungicida, bem como sua influência em outros aspectos fisiológicos desses insetos pragas.
Palavras-chave formigas-cortadeiras, imunocompetência, azadiractina
Forma de apresentação..... Oral
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