Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 392

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Farmacologia e bioquímica
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Gracielle Rodrigues Pereira
Orientador LEANDRO LICURSI DE OLIVEIRA
Outros membros Cynthia Aparecida Valiati Barreto, Lorena Nacif Marçal, MONISE VIANA ABRANCHES
Título Avaliação da atividade antimicrobiana e dos mecanismos de ação de um peptídeo derivado de Hypsiboas semilineatus
Resumo O surgimento de micro-organismos multi-resistentes traz a necessidade de novos agentes terapêuticos. Tais cepas patogênicas, insensíveis ao tratamento com os antibióticos convencionais, causam problemas de saúde pública e prejuízos econômicos. Os peptídeos antimicrobianos (PAMs) são moléculas envolvidas na imunidade inata de animais e plantas. Esses compostos são promissores no combate aos patógenos já mencionados. Eles atuam geralmente na membrana plasmática dos procariotos, dificultando que ocorram mecanismos de resistência. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a atividade antimicrobiana e os mecanismos de ação do peptídeo antimicrobiano sintético Hs-1, derivado do tecido cutâneo dorsal de Hypsiboas semilineatus e identificado por ferramentas genômicas no Laboratório de Imunovirologia Molecular e Glicoimunologia da Universidade Federal de Viçosa. Os ensaios antimicrobianos foram realizados com três cepas gram-positivas e sete gram-negativas. As concentrações inibitórias mínimas (CIMs) foram determinadas pelo método de microdiluição utilizando-se placas de cultura de 96 poços. As bactérias foram incubadas por 20 horas a 37°C com diferentes concentrações do peptídeo, sendo feita posteriormente a leitura espectrofotométrica da placa a 600nm. Para a avaliação dos mecanismos de ação do PAM, a bactéria gram-positiva Staphylococcus aureus foi utilizada. Ela foi incubada com Hs-1 (200μg/mL) durante 2 e 3 horas à 37 °C, então realizou-se a microscopia de transmissão eletrônica (MET) a partir da contrastação negativa das amostras com Uranila 2%. Culturas sem peptídeo foram utilizadas como controle. Hs-1 inibiu o crescimento de todas as bactérias gram-positivas testadas, porém nenhum efeito foi verificado sobre as bactérias gram-negativas. As imagens obtidas na microscopia eletrônica indicam que o peptídeo possui um efeito bactericida direto, provavelmente agindo ao nível da membrana celular. Isso qualifica Hs-1 como uma molécula de possível potencial terapêutico. Estudos mais detalhados devem ser realizados com o intuito de caracterizar melhor o peptídeo identificado e suas ações biológicas.
Palavras-chave Peptídeo antimicrobiano, atividade, mecanismo de ação
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,67 segundos.