Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 385

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Rosane Teixeira Lelis
Orientador JACKSON VICTOR DE ARAUJO
Outros membros Alessandra Teixeira de Paula, Fabio Ribeiro Braga, Thais de Oliveira, Wendeo Ferreira da Silveira
Título Efeito ovicida do fungo Pochonia chlamyodosporia sobre Echinostoma paraensei (Trematoda: Echinostomatidae)
Resumo O Echinostoma paraensei é uma das 16 espécies do gênero Echinostoma que causa a equinostomíase, uma doença intestinal transmitida através da ingestão de metacercárias encistadas em alimentos crus ou mal cozidos, como moluscos, peixes, crustáceos e anfíbios, podendo infectar um grande número de animais selvagens e domésticos e também os seres humanos. O tratamento e controle da equinostomíase são baseados na utilização de anti-helmínticos, no entanto, sugere-se nesse trabalho o controle biológico com fungos nematófagos como uma alternativa viável e promissora que reduz as infecções causadas por helmintos parasitos gastrintestinais. O fungo utilizado foi o fungo ovicida (parasitas de ovos) Pochonia chlamydosporia que tem eficiência comprovada em ovos de helmintos parasitas gastrintestinais em animais domésticos e seres humanos. O objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade ovicida dos isolados VC1 e VC4 do P. chlamydosporia em ágar-água 2% sobre ovos de E. paraensei. Mil ovos de E. paraensei foram colocados em placas de Petri contendo AA 2% com um isolado de fungo crescido (VC1 ou VC4) durante 10 dias, constituindo o grupo tratado. O grupo controle foi formado por 1.000 ovos de E. paraensei sem fungos. Seis repetições foram feitas para ambos o grupo tratado e de controle. Ao final de 15 dias após a inoculação, 100 ovos foram removidos de cada uma das placas contendo isolados de fungos e a partir do controle (sem fungos), estes ovos foram colocados em lâminas de vidro, com uma gota de azul de Amam 1% e avaliados por meio de microscopia de luz em objetiva de 40x de acordo com os parâmetros estabelecidos para atividade ovicida: efeito do tipo 1, efeito lítico sem prejuízo morfológico à casca do ovo, onde hifas são observadas aderidas à casca; tipo 2, efeito lítico com alteração morfológica da casca e embrião do ovo, sem penetração de hifas através da casca; e tipo 3 efeito lítico com alteração morfológica do embrião e da casca, além de penetração de hifas e colonização interna do ovo. Foi observado que não houve diferença (p>0,05) na atividade ovicida entre os isolados testados. Contudo, o maior percentual para a atividade ovicida (efeito do tipo 3) foi demonstrado pelo isolado VC4. Em relação a este fato, o isolado VC1 apresentou: efeito do tipo 1 (20.3%); efeito do tipo 2 (28.6%) e efeito do tipo 3 (33.9%) sobre os ovos parasitados. O isolado VC4 apresentou 16.6% de (efeito do tipo1); 31.6% (efeito do tipo 2) e 39.6% (efeito do tipo 3). O fungo ovicida P. chlamydosporia foi eficaz na destruição de ovos de E. paraensei, por isso, sugere-se que este fungo pode ser utilizado no controle biológico desse helminto.
Palavras-chave Echinostoma paraensei, controle biologico, fungos nematófagos
Forma de apresentação..... Painel
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