Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 366

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Isabelle Cristina Oliveira Neves
Orientador REGINA CELIA SANTOS MENDONCA
Outros membros Ariana de Souza Soares, Larissa Beatriz Oliveira Neves, Márcia Maria de Carvalho
Título Biocontrole de Salmonella Enteritidis utilizando bacteriófagos microencapsulados
Resumo O microencapsulamento tem se apresentado como uma tecnologia alternativa viável para solucionar dificuldades na incorporação de alguns ingredientes e aditivos em alimentos. Esta metodologia pode ser utilizada no controle de micro-organismos para obtenção de alimentos mais saudáveis. O objetivo deste trabalho foi realizar o microencapsulamento de bacteriófagos, como alternativa no biocontrole de Salmonella, para uso na cadeia produtiva de frangos de corte, incorporados na ração. Para o microencapsulamento utilizando Spray Dryer, foram preparadas três soluções de 600 mL com 5 % de encapsulante e 1,5 % de pool de bacteriófago, utilizando 3 matrizes encapsulantes, a saber: maltodextrina (MD), milk protein concentrate (MPC) e whey protein concentrate (WPC), e duas soluções de 400 mL com as seguintes proporções: 1 % de goma xantana e 1,5 % de bacteriófago, e 1 % de goma guar e 1,5 % de bacteriófago. Procedeu-se também ao microencapsulamento dos fagos utilizando liofilização na matriz MD a 5 % e 1,5 % de pool de fagos. A viabilidade dos bacteriófagos encapsulados utilizando MD, MPC e WPC, secos no Spray Dryer foi determinada durante dois meses de armazenamento. Procedeu-se também à avaliação da viabilidade dos bacteriófagos microencapsulados quando expostos às condições típicas do trato gastrointestinal. Aproximadamente 1 grama de microencapsulado em pó de MD, MPC e WPC foi solubilizado em 10 mL de água destilada estéril procedendo-se em seguida a diluições seriadas em solução tampão fosfato salino. Destas soluções, foram recolhidos 100 µL e dispensados em 900 µL de tampão SM, ajustado para os pH’s 2, 3, 4 e 5, com ácido clorídrico (1 N). Das últimas diluições, foram retirados 100 μL e adicionados em tubos contendo 5 mL de caldo TSA a 0,7 % de ágar-ágar, juntamente com 100 μL de uma cultura ativa de Salmonella Enteretidis, e imediatamente vertidas em placas contendo ágar base de TSA solidificado, seguido de incubação a 37 ºC por 24 horas. No microencapsulamento utilizando Spray Dryer obteve-se a formação de um pó fino para as matrizes MD, WPC e MPC. As gomas não puderam ser secas por formarem soluções muito viscosas. Na liofilização da MD, obteve-se um gel pastoso, fugindo aos objetivos deste estudo. No teste de viabilidade do fago microencapsulado, foi observado redução de 2 ciclos log na contagem do bacteriófago após passar pelo processo de secagem para todas as matrizes. Observou-se um decaimento menor na viabilidade dos fagos ao longo dos dois meses de teste, quando encapsulados com o WPC. Quando submetidos às condições do trato gastro-intestinal, os microencapsulados de MD não foram eficientes na proteção do fago ao baixo pH, diferentemente das outras matrizes em que os bacteriófagos não reduziram o título quando expostos aos pH’s 2, 3, 4 e 5. Conclui-se que o microencapsulamento utilizando Spray Dryer permite a formação de um pó que pode ser incorporado à ração e administrado a frangos de corte, sendo a matriz WPC a mais indicada.
Palavras-chave microencapsulamento, bacteriófagos, Spray Dryer
Forma de apresentação..... Painel
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