Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 354

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Metodologias de ensino e práticas educativas
Setor Departamento de Química
Bolsa PIBID
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Eduardo Andrade Gomes
Orientador MAYURA MARQUES MAGALHAES RUBINGER
Outros membros VINICIUS CATAO DE ASSIS SOUZA
Título Educação Científica em LIBRAS: Possibilidades de interação entre a UFV e as escolas públicas de Viçosa em busca de um ensino que contemple as diferenças
Resumo O presente trabalho descreve as atividades desenvolvidas em 2013 com estudantes surdos de escolas públicas de Viçosa, de forma a possibilitar que eles construam um melhor entendimento dos assuntos relacionados aos conteúdos de Ciências. Estas atividades são realizadas no Espaço Ciência em Ação (Vila Giannetti), que é vinculado ao Departamento de Química da UFV e se destina à realização de atividades de extensão relacionadas com a divulgação e popularização da Ciência. Semanalmente, os estudantes surdos vão a esse espaço para terem duas horas de aulas de Ciências, com ênfase em temas da Química, com um professor intérprete que é licenciando em Química da UFV e também atua no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID. No início de 2013 participaram três estudantes, sendo que dois deles acompanharam assiduamente as aulas. Um deles está cursando o 7° ano na Escola Municipal Edmundo Lins e o outro o 9° ano na Escola Estadual Effie Rolfs. No segundo semestre, duas alunas surdas se integraram ao grupo, sendo que ambas já concluíram o Ensino Médio. Contudo, não tiveram uma boa formação básica, pois não tiveram auxílio de um intérprete em sala. Assim a escola foi para elas, na maioria das vezes, apenas um espaço de socialização, e agora sentem a necessidade de melhorar seus conhecimentos. As aulas e atividades de ensino (teóricas e práticas) realizadas no Espaço Ciência em Ação são pensadas de modo a contemplar as especificidades inerentes à cultura surda, envolvendo recursos e experimentos com um forte apelo visual e o uso de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). As aulas são ministradas por meio da Comunicação Total, isto é, o professor fala e usa sinais ao mesmo tempo. Essa abordagem comunicativa se fez necessária, pois os estudantes apresentam pouca fluência na LIBRAS. Assim, o objetivo das aulas tem ido além de ensinar Ciências e Química a estes estudantes. As aulas possibilitaram também um desenvolvimento na Língua de Sinais, de modo que eles possam vivenciar uma educação bilíngue, capacitando-os a um bom uso do Português e da LIBRAS. Além disso, foram desenvolvidos instrumentos para a avaliação da aprendizagem dos surdos e das metodologias de trabalho propostas. Verificou-se que o trabalho favoreceu uma melhoria na aprendizagem de Química e Ciências por eles. Essas ações também têm o objetivo de fornecer apoio didático e pedagógico aos professores regentes nas Escolas, auxiliando-os em pequenas alterações metodológicas tais como: apresentar à turma um quadro organizado, falar sempre de frente para o aluno surdo para que ele possa fazer leitura labial, usar mais imagens e figuras, e evitar roupas muito estampadas, pois isso distrai a atenção desse aluno. Os professores têm sido receptivos às sugestões.
Palavras-chave Educação Centífica, Estudantes surdos, Ensino que contemple diferenças
Forma de apresentação..... Painel
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