Resumo |
Uma das transformações sociais mais importantes que ocorreram na sociedade está relacionada ao aumento demográfico dos idosos, sendo crescente o fenômeno do envelhecimento da população em todas as sociedades economicamente desenvolvidas ou em desenvolvimento. O acelerado ritmo de envelhecimento no Brasil cria novos desafios para a sociedade, uma vez que os idosos têm se tornado consumidores cada vez mais assíduos, prezam pela qualidade dos bens e serviços, além de possuírem uma renda maior e, consequentemente, maior poder de compra em relação a outros períodos. Contudo, o consumo de bens e serviços por idosos em diferentes arranjos familiares no Brasil ainda é pouco conhecido. Diante desse contexto, buscar-se-á analisar histórica e comparativamente o comportamento do consumidor idoso em diferentes arranjos familiares, através dos microdados das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, considerando-se quatro pontos no tempo: 1987/1988, 1995/1996, 2002/2003 e 2008/2009. A pesquisa tem caráter quantitativo, descritivo, com corte transversal, e utilizará dados secundários. Como amplitude de análise ter-se-á os arranjos familiares de idosos que constituem unidades domésticas e que vivem nas regiões do país que a POF pesquisou; e, como limite de idade na classificação do idoso, considerou-se aquele que possui idade igual ou superior a 60 anos. Os dados serão extraídos e analisados estatisticamente utilizando o software STATA (Data Analysis and Statistical Software). Assim sendo, espera-se formar um banco de dados sobre o comportamento do consumidor idoso em diferentes arranjos familiares contribuindo, assim, para o aumento do conhecimento sobre esse grupo de consumidor, suas características, necessidades e expectativas. Nesta perspectiva, faz-se importante esse trabalho uma vez que são escassos os estudos na literatura científica brasileira sobre os determinantes do consumo de idosos nos diferentes arranjos familiares. |