Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 299

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Lílian Emídio Ribeiro
Orientador MARISA VIEIRA DE QUEIROZ
Outros membros Mateus Ferreira Santana
Título Elementos Transponíveis em Mycosphaerella fijiensis
Resumo O fungo Mycosphaerella fijiensis é um patógeno da bananeira que causa a doença foliar Sigatoka-negra. O principal controle dessa doença é por meio do uso de fungicidas onerosos. Porém, o uso frequente de fungicida pode levar ao aparecimento de resistência aos compostos ativos e a alta variabilidade genética deste fungo pode representar um entrave ao desenvolvimento de plantas resistentes. Um dos processos conhecidos que pode gerar variabilidade em fungos fitopatogênicos, é a atividade de elementos transponíveis (TEs). TEs são divididos em Classe I e Classe II, que se diferenciam na presença ou ausência de um RNA intermediário no mecanismo de transposição. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a presença de elementos transponíveis pertencentes à Classe II no fungo Mycosphaerella fijiensis. Foram realizadas buscas de sequências de TEs no banco de dados do Projeto Genoma de M. fijiensis (Joint Genome Institute), e posteriormente, as sequências foram submetidas à ferramenta BlastX no sítio do NCBI para identificação do domínio conservado DDE presente na transposase, proteína essencial para a transposição dos TEs pertencentes a classe II. A análise do quadro de leitura aberto (ORFs) em regiões codificadoras de cada TE identificado foi realizada via programas Expasy e Orf-finder. A caracterização das extremidades repetidas invertidas (TIR) dos TEs foi realizada utilizando a ferramenta Repeat Finder. Foram identificadas 38 sequências completas de TEs no genoma de M. fijiensis, sendo 28, 5 e 5 pertencentes às superfamílias Tc1-Mariner, Mutator e Harbinger, respectivamente. Todos os elementos encontrados possuem elevado número de mutações, com isso apresentaram vários códons de parada de tradução na sequência que codifica a transposase. O resultado da comparação das sequências de diferentes grupos de transposons da Classe II de M. fijiensis sugere a atuação do mecanismo de silenciamento RIP (Repeat-Induced Point Mutation) nesse genoma. Não foi encontrado “in silico” qualquer evidência de atividade de elementos na Classe II no isolado sequenciado. Entretanto, a atividade recente de transposons Tc1-Mariner foi evidenciada por hibridização do DNA de isolados de M. fijiensis brasileiros com uma sequência de um dos TEs identificados.
Palavras-chave transposons, Mycosphaerella fijiensis, bananeira
Forma de apresentação..... Oral
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