Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 298

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Departamento de Economia Doméstica
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Erika Cristine Silva
Orientador MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO
Outros membros Haidrey Germiniani Calvelli
Título A Dinâmica da Produção e Reprodução Social dos Arranjos Produtivos Agroenergéticos da Zona da Mata Mineira e Região Nordeste
Resumo Considerando que as questões referentes ao meio ambiente são amplas, não se deve levar em consideração apenas os aspectos relativos à preservação ambiental, mas também aspectos econômicos e sociais advindos do atual modelo desenvolvimentista, centrado no uso em larga escala de combustíveis fósseis, com reflexos sobre a sustentabilidade, em suas diferentes dimensões. As preocupações com a ameaça do esgotamento das reservas de petróleo e a diminuição da emissão de gases poluentes levaram o Estado brasileiro a refletir sobre sua Política de Agroenergia, implantando o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), regulamentado em 2005, mediante Lei 11097. Entretanto, as controvérsias sobre a reprodução social do PNPB levaram à realização do estudo em questão, que objetivou caracterizar, analisar e comparar os arranjos produtivos agroenergéticos e suas implicações nas relações familiares e de gênero, examinando o processo de produção e reprodução social. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas junto a 23 famílias da Zona da Mata Mineira e 50 da Região Nordeste. Resultados mostraram o avanço do PNPB nas áreas da produção, capacidade instalada e abastecimento, embora dependente do agronegócio da soja. A pressão dos produtores de biodiesel e a correlação de forças econômicas e políticas envolvidas no PNPB induziram a adoção de uma estratégia que prioriza a garantia da oferta do biocombustível, com limitada regionalização da produção. Os agricultores familiares podem ser vistos como periféricos, com o cultivo de mamona e pinhão manso, pela baixa capacidade produtiva, tecnológica e organizacional, que limitaram a dinâmica da produção, principalmente da Zona da Mata Mineira. Os agricultores do Nordeste, apesar dos problemas de produção e produtividade, consideraram que a qualidade de vida melhorou, em função do aumento da renda e aquisição de novos conhecimentos/parcerias. Entretanto, considera-se que o simples aumento da renda, de forma limitada e instável, não implica em empoderamento das unidades familiares, em termos de ampliação das capacidades e oportunidades sociais. Conclui-se que existem muitos desafios a serem superados para a melhoria da reprodução social dos Arranjos Produtivos Agroenergéticos, em termos de uma maior integração da agricultura familiar e o setor produtivo, diversificação de matérias primas alternativas à soja, regionalização da produção e inclusão social.
Palavras-chave Arranjos Produtivos Agroenergéticos, Produção, Reprodução Social.
Forma de apresentação..... Painel
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