Resumo |
INTRODUÇÃO: A forma como se percebe o corpo influencia comportamentos e atitudes de cada pessoa. A percepção corporal pode ser entendida de duas formas, ou seja, a subjetiva (Imagem Corporal) e a perceptiva (Esquema Corporal). Ambas interagem permitindo uma consciência corporal quanto ao juízo de valores e percepção no espaço. Além de uma boa percepção corporal, a prática regular de atividade física é um aspecto importante para a manutenção de um estilo de vida saudável. OBJETIVO: Analisar a percepção corporal e o nível de atividade física em adultos jovens, universitários, de ambos os sexos. MATERIAL E MÉTODOS: Participaram 58 estudantes, de 18 a 35 anos. Os indivíduos foram convidados a participarem do estudo e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. As variáveis analisadas foram: a Imagem Corporal, avaliada através da Escala de silhuetas proposta por Kakeshita (2009); o Esquema Corporal, avaliado através do Image Marking Procedure proposto por Askevold (1975) e o nível de atividade física avaliado pelo Questionário Internacional de Atividade Física (IPAq). Para análise dos dados utilizou-se a estatística descritiva e as médias foram comparadas através do teste t de Student, sendo adotado nível de significância de p<0,005. RESULTADOS: A média de idade foi de 21,7 ± 2,9, sendo que 17 (29,3%) dos indivíduos estão com excesso de peso. Os valores para a silhueta ideal foram menores do que os observados para a silhueta atual (p=0=009). A insatisfação com a imagem corporal foi observada em 82,7% da amostra, sendo a insatisfação corporal por excesso de peso superior aquela observada por magreza. Quanto ao Esquema Corporal, 20,8% dos homens e 24,3% das mulheres foram classificados como hiperesquemáticos. A hipoesquematia foi observada em 29,2% dos homens e 21,6% das mulheres. Houve uma frequência maior de indivíduos classificados como irregularmente ativos, em todos os domínios, quando comparados àqueles classificados como fisicamente ativos. A frequência dos indivíduos fisicamente ativos foi superior no sexo feminino para as atividades físicas no trabalho e para as atividades domésticas, enquanto o sexo masculino apresentou frequências maiores de indivíduos fisicamente ativos para as atividades físicas como meio de transporte e no lazer. CONCLUSÃO: Conclui-se que a percepção corporal e o nível de atividade física apresentaram alterações em adultos universitários que podem levar a um estilo de vida inadequado, sendo necessário programas de intervenção para diminuir essas frequências de percepção corporal inadequadas e baixos índices de pratica de atividade física. |