Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 259

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História política e cultura
Setor Departamento de História
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Wesley Souza Costa
Orientador FABIO FARIA MENDES
Título Crime e escravidão na comarca de Guarapiranga (1860 - 1870)
Resumo Escravidão e violência sempre andaram lado a lado durante todo o período em que vigorou o regime escravista no Brasil. Independentemente dos caminhos que se tomem as discussões sobre as relações sociais entre senhores e escravos, o fato é que a violência física ou sua ameaça foi um mecanismo essencial para o funcionamento do escravismo. Em um mundo onde a vida social dependia da dominação pessoal sobre os escravos, os conflitos e choques inerentes eram inevitáveis. No entanto, o que se transforma e suscita discussões na historiografia que se especializa a tratar sobre o tema é o real caráter destes conflitos. Uma historiografia recente e mais cultuada proclama: nem só de violência sobrevive o sistema escravista, mas sim de negociações implícitas dos sujeitos envolvidos nas relações, adaptações ao sistema, recuos e resistência. A violência do sistema também é relativizada: É preciso considerar as conjunturas próprias das relações entre senhores e escravos. Nem tudo o que consideramos violento e criminoso pode ser incorporado diretamente naquela sociedade. No entanto, muito antes dessa intenção de mostrar o escravo e sua resistência diante do sistema escravista, em suas atitudes cotidianas, uma historiografia, hoje praticamente silenciada e vista como ultrapassada, prezava por mostrar as violências e abusos da escravidão: o escravo, vítima do sistema, sofria as tristes consequências do seu cárcere. Esse trabalho visa analisar os choques entre senhores e escravos e a consequente relação de criminalidade gerada entre o contato social desses agentes, através da análise de processos crimes de Guarapiranga no século XIX. A partir dos dados recolhidos no processo de João Dias Lopes, acusado de ter tentado assassinar sua escrava Joana Parda em 1869, podemos visualizar as percepções sociais sobre a criminalidade entre tais agentes, a participação da justiça na questão e como se desenvolvem as estratégias, os recuos e as ações determinadas por estes atos que estrangulam o sistema e apresentam recursos necessários para a manutenção da ordem escravista vigente.
Palavras-chave Crime, Escravidão, Minas Gerais
Forma de apresentação..... Painel
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