Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 213

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Anderson Silva Dias
Orientador JACKSON VICTOR DE ARAUJO
Título REGISTRO DE FILARIOIDEA EM Liophis miliares EM CASTELO, ES
Resumo A Liophis miliares, conhecida popularmente como cobra d'água é uma serpente semi-aquática da família dos colubrídeos. As espécies de Liophis, geralmente são encontradas perto de diversos tipos de corpos de água, como córregos, lagos e pântanos, tendo uma dieta bastante variada, associada com ambientes aquáticos que consiste principalmente de peixes, anuros e suas larvas. As serpentes são animais suscetíveis a uma grande diversidade de parasitos, onde esta suscetibilidade é bastante comum e constitui o principal problema enfrentado por criadores de serpentes em cativeiro. O objetivo deste trabalho é descrever um achado do nematóide da superfamília Filarioidea em Cobra d’água, no município de Castelo. Para isso, uma serpente do gênero Liophis foi enviada para o Laboratório de Parasitologia da Faculdade de Castelo para investigação da causa mortis. Quando foi realizada a necropsia, foi verificada a presença de um helminto na cavidade abdominal. Após o encontro de apenas um espécime de helminto, o mesmo fora submetido à estudo morfométrico e foi usada a chave classificatória de Yamaguti para identificação do helminto. O presente helminto, de aspecto filariforme fora classificado como pertencente à superfamília Filarioidea. Essa superfamília está intimamente relacionada à Spiruroidea, e, como nesta última, todos os seus gêneros têm ciclos evolutivos indiretos. Os parasitos com ciclo de vida indireto necessitam de hospedeiros intermediários para que possam completar o seu desenvolvimento e infectar um outro animal, os filarídeos são transmitidos por via hematógena. A transmissão de um filarídeo ocorre geralmente via picada de um inseto que põem larvas junto à saliva na via sanguínea do hospedeiro definitivo. Essas formas larvas são chamadas filárias. As formas adultas (machos e fêmeas) necessitam lançar as formas infectantes na corrente sanguínea do hospedeiro definitivo para que ao ser picado por um inseto, geralmente, essa forma infectante possa infectá-lo. As formas larvais iniciais lançadas pelas fêmeas na corrente sanguínea são chamadas microfilárias (as fêmeas de filarídeos são vivíparas) que completaram seu desenvolvimento no hospedeiro intermediário até a forma infectante para o hospedeiro definitivo. A presença de parasitos em animais como serpentes podem comportar se como subclínicas ou ocasionar em situações de estresse alguns sinais como, nesse caso, amenia, letargia e emagrecimento, além de comprometimento reprodutivo. O presente registro apresenta três pontos importantes: primeiro, a criação de animais silvestres em cativeiro é geralmente acompanhada de elementos que podem causar distíbios inicialmente inaparentes como as helmintoses; segundo, as filarioses são geralmente zoonóticas, o que representa um problema, apesar de negligenciado, pelas políticas de saúde pública e terceiro; sucinta na identificação de helminto parasitando animais silvestres e seu registro e identificação.
Palavras-chave helmintos, vermes filiformes, cobra d’àgua.
Forma de apresentação..... Painel
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