Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 211

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Saneamento e resíduos
Setor Departamento de Engenharia Civil
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Agnes Caroline Santos Faria
Orientador MARIA LUCIA CALIJURI
Título Avaliação da Potencialidade de Tratamento de Esgoto em Lagoas de Alta Taxa de Crescimento de Microalgas com Vistas à Produção de Biodiesel
Resumo A integração dos processos de tratamento de esgoto em lagoas de alta taxa (LATs) e cultivo de microalgas com vistas à produção de biomassa tem sido amplamente discutida, como forma de reduzir os custos associados a ambos. No entanto, para que tal associação seja de fato viável, ainda é necessário alcançar em campo as produtividades observadas em escala de laboratório.
Muitas vezes, essa lacuna existente entre resultados obtidos em laboratório e obtidos em campo se deve ao fato de que, quando as microalgas estão expostas a altas intensidades luminosas, os efeitos de saturação luminosa e fotoinibição podem interferir no seu crescimento. Isto reduz a eficiência da fotossíntese para bem abaixo do máximo que poderia desempenhar. Dessa forma, buscou-se avaliar a influência desses efeitos na produtividade de biomassa algal e, consequentemente, nos mecanismos de remoção de nutrientes e patógenos relacionados ao pós-tratamento de águas residuárias, através da utilização de diferentes formas de cobertura em lagoas de alta taxa alimentadas com efluente de reator UASB.
Os resultados encontrados para o tratamento do esgoto em todas as lagoas, com relação aos parâmetros nitrogênio amoniacal, nitrato, fósforo total e coliformes não atingiram os valores mínimos para lançamento direto em corpos d’água classificados como classe 2, sendo portanto necessário o tratamento secundário. Apesar disso, a LAT 2 se apresentou mais eficiente para a remoção desses parâmetros.
A produção de biomassa foi avaliada de acordo com os dados de sólidos suspensos voláteis, que comparados com os dados de oxigênio dissolvido, levam ao entendimento de que a LAT 2 produz maior biomassa algal. A remoção de DQO foi de 26% para a LAT 1 e de 21% para a LAT 3, sendo a remoção da LAT 2 negativa. Esse último resultado pode ser explicado pelo fato de a DQO em questão é a total e não a filtrada, ou seja, a presença da matéria orgânica das algas nas lagoas gera um acréscimo na DQO. Esse resultado foi plausível, pois a LAT 2 possui maiores concentrações de biomassa.
As eficiências de remoção de fósforo total foram de 11.5%, 17.2% e 9.3% para as LATs 1, 2 e 3, respectivamente. Para o N-NH3 a eficiência de remoção das LAT’s variou de 67% (LAT 1) a 87% (LAT 2). As concentrações de NKT variaram de 5 (LAT 2) a 10 mg L-1 (LAT 3), com uma eficiência que varia de 52.4% a 76.2% .
Palavras-chave tratamento de esgoto, lagoa de alta taxa, biomassa algal
Forma de apresentação..... Oral
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