Resumo |
A convivência das plantas daninhas com o eucalipto pode modificar a eficiência da aquisição e aproveitamento dos recursos do ambiente, água, luz e nutrientes, pela cultura. Objetivou-se, com esse trabalho, avaliar as alterações nas características fisiológicas de plantas de eucalipto em convivência com Urochloa brizantha e Urochloa decumbens. O experimento foi realizado em ambiente protegido, em delineamento em blocos casualizados, com três repetições, sendo os três tratamentos compostos por plantas de eucalipto isentas de convivência com plantas daninhas; plantas de eucalipto convivendo com U. brizantha e plantas de eucalipto convivendo com U. decumbens. As unidades experimentais consistiram em vasos de 110L com uma planta de eucalipto e dez plantas de U. brizantha ou de U. decumbens, o equivalente a 50 plantas m-2. Aos 18, 38 e 48 dias após o transplantio (DAT) avaliou-se a taxa fotossintética (A), transpiração (E), condutância estomática (Gs), eficiência do uso de água (EUA), a razão entre as concentrações de carbono interno e de carbono atmosférico (Ci/Ca) e a temperatura foliar (TF). Para isso, utilizou-se um analisador de gás infravermelho (IRGA), portátil, modelo LI-6400 XT. As medições foram avaliadas entre 9 e 11h (irradiância entre 1.000 e 1.500 μmol de fótons m-2 s-1) na superfície de duas folhas totalmente expandidas no terço superior da copa de cada planta de eucalipto. A convivência do eucalipto com essas duas espécies de Urochloa não alterou as variáveis fisiológicas A, E, Gs, EUA, Ci/Ca e TF do eucalipto, nas avaliações aos 18 e 38 DAT. No entanto, aos 48 DAT verificou-se a convivência de U. brizantha e U. decumbens com plantas de eucalipto por 48 dias após o transplantio das mudas de eucalipto afetou negativamente a taxa fotossintética das plantas de eucalipto, sendo que a U. decumbens mostrou-se mais competitiva do que a U. brizantha, por afetar negativamente a razão entre as concentrações de carbono interno e carbono atmosférico, condutância estomática, taxa transpiratória e taxa fotossintética. Concluiu-se que a presença das espécies de Urochloa afeta negativamente o eucalipto, sendo que as características fisiológicas podem ser indicativo para sinalizar a interferência negativa na cultura do eucalipto. |