Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 188

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Laís Emilia da Silva
Orientador RITA DE CASSIA GONCALVES ALFENAS
Outros membros Ana Paula Boroni Moreira, JOSEFINA BRESSAN, NEUZA MARIA BRUNORO COSTA, Raquel Duarte Moreira Alves
Título Relação da ingestão de cálcio com adiposidade e índices HOMA-IR e HOMA-BETA em homens com excesso de peso
Resumo Introdução: Grande parte da população brasileira apresenta consumo de cálcio abaixo do recomendado. Essa baixa ingestão dietética pode se associar à obesidade e, consequentemente, ao diabetes tipo 2. Objetivo: Avaliar a relação da ingestão de cálcio com adiposidade, resistência insulínica e função das células beta pancreáticas. Metodologia: Foram recrutados homens, com idade entre 18 e 50 anos e índice de massa corporal entre 27 e 35 kg/m2. Aplicou-se o questionário quantitativo de frequência alimentar para avaliar a ingestão habitual de cálcio. Para a avaliação antropométrica, foram aferidos peso, estatura, circunferências da cintura e do quadril. A avaliação da composição corporal e da distribuição anatômica da gordura (total, troncular, androide, ginóide e membros inferiores) foi realizada por meio da absortometria radiológica de dupla energia. Foram realizadas análises da glicemia e insulinemia. Foram calculados os índices Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance (HOMA-IR) para avaliação da resistência insulínica e HOMA-Beta para avaliação da função das células beta pancreáticas. A análise estatística foi realizada utilizando o software SAS, versão 9.0 adotando-se o nível de significância de 5% de probabilidade. Resultados: Os voluntários (n=64) incluídos no estudo apresentaram em média 27,2 ± 7,5 anos. Verificou-se consumo médio de 950,5 ± 485 mg/dia de cálcio (51,6% de inadequação). Indivíduos com maior ingestão de cálcio apresentaram menor gordura corporal (total, troncular, androide e ginóide) e circunferência do quadril comparado àqueles com ingestão inferior à recomendação diária de 800mg/dia. Foi verificada correlação negativa entre ingestão de cálcio versus circunferência do quadril (r= -0,25; p=0,01), gordura corporal total (kg) (r= -0,33; p=0,007) e gordura ginóide (kg) (r= -0,334; p=0,007). Houve uma tendência de correlação entre ingestão de cálcio e gordura andróide (kg) (r= -0,234; p=0,06). Em relação aos índices HOMA, verificou-se uma tendência para menor HOMA-Beta no grupo com maior consumo de cálcio (p=0,06). Além disso, foi verificada correlação positiva entre o HOMA-Beta com a gordura corporal total (kg) (r= 0,336; p=0,007), gordura troncular (kg) (r= 0,371; p=0,002) e gordura andróide (kg) (r= 0,334; p=0,007). Semelhante ao HOMA-Beta foi verificada correlação positiva entre o HOMA-IR com a gordura corporal total (kg) (r= 0,332; p=0,008), gordura troncular (kg) (r= 0,440; p=0,0003) e gordura andróide (kg) (r= 0,440; p=0,0003). Conclusão: Considerando a importância do cálcio na possível prevenção da obesidade e seu provável papel quanto ao funcionamento adequado das células β do pâncreas e à melhora da sensibilidade insulínica, torna-se necessário estimular o consumo de alimentos fontes desse mineral nesta população.
Palavras-chave Cálcio, adiposidade, resistência insulínica
Forma de apresentação..... Oral
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