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21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1747

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Tecnologia da madeira, celulose e papel
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa FAPEMIG/Balcão
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor João Paulo Silva Ladeira
Orientador ANGELICA DE CASSIA OLIVEIRA CARNEIRO
Outros membros Ana Paula Mendes Teixeira, Juliana Jerasio Bianche, RICARDO MARIUS DELLA LUCIA
Título Avaliação da resistência ao cisalhamento de juntas de Eucalyptus sp. coladas com adesivos de poliuretano de mamona e resorcinol-formaldeído.
Resumo Um dos adesivos mais resistentes e mais utilizados em condições de temperatura e umidade elevadas é o resorcinol-formaldeído; no entanto, o mesmo é fabricado com derivados de petróleo, cujo preço tem crescido continuamente, sendo o item que mais onera o preço da madeira colada (CARNEIRO et al., 2001). A crescente conscientização ambiental e a consequente busca por materiais renováveis fez com que fossem desenvolvidos outros adesivos, como o adesivo poliuretano à base de mamona. O avanço observado em sua tecnologia de produção está relacionado à vantagem de não emanar formaldeído, além de proporcionar um produto com alta resistência à umidade e grande resistência mecânica (DIAS et al., 2006). O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência ao cisalhamento de juntas de Eucalyptus sp. coladas com adesivos de resorcinol-formaldeído e poliuretano de mamona. O trabalho foi realizado no laboratório de Painéis e Energia da Madeira da Universidade Federal de Viçosa, em Viçosa, Minas Gerais. Os adesivos de resorcinol-formaldeído e mamona foram fornecidos, respectivamente, pelas indústrias Momentive Química do Brasil LTDA e pela KEHL Indústria e Comércio LTDA. A madeira de eucalipto foi obtida em forma de tábuas, que foram transformadas em lâminas de 40 cm de comprimento x 10 cm de largura x 0,6 cm de espessura. Foram utilizadas três gramaturas iguais a 150, 200 e 250 g/m2 e três repetições para cada gramatura. O adesivo de resorcinol-formaldeído foi utilizado na proporção 5:1 (resorcinol/endurecedor), e o adesivo de mamona na proporção 1,5:1 (poliol/endurecedor). As lâminas foram coladas em face dupla, prensadas em prensa manual, sendo a pressão aplicada igual a 12 kgf/cm2. Para a determinação da resistência da linha de cola ao cisalhamento e a porcentagem de falha na madeira, as juntas coladas foram seccionadas de acordo com a norma ASTM D -2339/93, para obtenção dos corpos de prova. As juntas coladas com adesivo de mamona tiveram aumento da resistência ao cisalhamento seco, com o aumento da gramatura, porém este não foi significativo. Houve efeito significativo para a falha na madeira com adesivos de mamona e resorcinol, porém não houve efeito da gramatura. O percentual médio de falha na madeira para o adesivo de mamona foi maior em relação ao resorcinol-formaldeído. O adesivo de resorcinol-formaldeído apresentou o maior valor médio para a resistência ao cisalhamento na condição úmida. Os adesivos de mamona e resorcinol apresentaram valores médios para a falha na madeira na condição úmida, estatisticamente diferentes ente si, sendo o adesivo de resorcinol-formaldeído superior ao adesivo de mamona. O adesivo de mamona apresentou bom desempenho para a colagem da madeira de Eucalyptus sp., quando comparado com o adesivo de resorcinol-formaldeído. Necessita-se de estudos mais detalhados para avaliar a interação do adesivo de mamona na madeira, visto que há escassez de trabalhos referentes à interface madeira-adesivo.
Palavras-chave Resorcinol-formaldeído, poliuretano de mamona, cisalhamento.
Forma de apresentação..... Oral
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