Outros membros |
Cristiane Magalhães de Melo, Luciana Vieira Rubim Andrade, Maíra Tamara Paiva Lainha, Marcela Quaresma Soares, PAULA DIAS BEVILACQUA, Regina Estella Kato, Tamiris Cota Vianna, Thaís Salgado Oliveira |
Resumo |
Antigamente a mulher era vista na perspectiva reprodutiva e a assistência de saúde era fragmentada com ações direcionadas ao ciclo gravídico-puerperal. O movimento feminista iniciou reivindicações visando afundir a política da “mulher mãe” e destacar a assistência integral a saúde da mulher com politicas de saúde que envolva as questões de gênero,trabalho,sexualidade,anticoncepção,prevenção de DST,bem como a assistência ao pré-natal.Desta forma, criou-se o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher(PAISM)que adotava medidas para permitir a melhoria do acesso e integralizar a assistência.Contudo,as políticas públicas mantiveram o olhar na questão reprodutiva, sendo instituída então a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM)que propõe ações que garantam direitos as mulheres e redução de agravos por causas evitáveis, com o foco principal na atenção obstétrica,planejamento familiar,a atenção ao abortamento inseguro,combate à violência doméstica e sexual,bem como a redução das altas taxas de morbimortalidade materna e perinatal,por meio de medidas que assegurem a melhoria do acesso, cobertura e qualidade do pré-natal,parto,puerpério e neonatal.O pré-natal é considerado um indicador do prognóstico do nascimento e o MS preconiza um mínimo de seis consultas como marcador da qualidade da assistência,apesar das desigualdades qualitativas nos cuidados oferecidos às grávidas.Objetivo: avaliar se o número de consultas de pré-natal realizadas em Estratégias Saúde da Família(ESF)do município de Viçosa-MG atingiu o mínimo preconizado e conhecer a realidade da assistência local. Metodologia:estudo descritivo a partir de dados secundários de prontuários de puérperas, obtidos por meio de formulário semi-estruturado, com analise parcial em cinco ESF do município de Viçosa-MG,no período de janeiro de 2012 a junho de 2013.Critérios de exclusão:prontuário incompleto,com ausência do registro das consultas ou idade da gestante.Resultados:Dos 45 prontuários avaliados,a média de idade das puérperas foi de 23,8 anos,sendo 37 a idade máxima e 16 a idade mínima.A média de consultas de pré-natal registrada nos prontuários analisados foi de 4,6 consultas,sendo 11 o máximo de consultas registradas e uma,o mínimo.A média das consultas de pré-natal observada no estudo está abaixo do preconizado pelo MS que recomenda pelo menos seis consultas mensais até a 28ª semana,quinzenais entre as semanas 28 e 36 semanas,e semanais no termo.Conclusão:o número de consultas de pré-natal observado no estudo não atingiu o mínimo preconizado pelo MS,o que impossibilita uma adequada assistência, expondo a gestante e seu concepto a maior risco de morbimortalidade.Sabe-se que uma assistência adequada significa prevenir,diagnosticar e tratar os eventos indesejáveis na gestação,visando o bem-estar da gestante e seu concepto,e orientar para evitar problemas específicos do parto,ou mesmo, determinar a necessidade de cuidados imediatos ao recém-nascido. |