Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1702

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática História política e cultura
Setor Departamento de História
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Michele Aparecida Evangelista
Orientador FABIO ADRIANO HERING
Título Imagens sobre a sociedade japonesa na centúria quinhentista: experiências de um jesuíta português no Japão
Resumo Essa pesquisa, que foi financiada pela FUNARBIC, busca analisar como a sociedade japonesa foi representada nos escritos de Luís Fróis (1532-1597), um dos mais notáveis cronistas entre os religiosos que aturam no Japão como parte da Missão Jesuíta que atuou na região a partir de 1549. As suas missivas apresentam descrições riquíssimas sobre os mais diversos aspectos do Império nipônico. Dessa forma, almejamos favorecer o alargamento das discussões e a emergência de novos estudos acerca da presença lusitana no Japão quinhentista e reforçar a relevância do legado documental dos jesuítas como fonte histórica para o entendimento desse contexto histórico. A metodologia utilizada consistiu de: levantamento bibliográfico; leitura, transcrição e fichamento das fontes documentais; seleção e organização do material coletado em grupos temáticos, conforme as informações fornecidas pelas missivas; redação. Como resultado desse processo, mapeamos quais as classificações empregadas pelo jesuíta para se referir à civilização nipônica. As cartas de Luís Fróis se caracterizam por um discurso que tinha como projeto compreender a sociedade japonesa por meio da observação de seus costumes, leis e religiões, revelando valores e práticas socioculturais completamente distintos às dos europeus e aos dogmas cristãos. Em geral, o missionário procurou reforçar uma imagem positiva acerca dos japoneses – com exceção dos nativos que se opunham ao Evangelho. Se por um lado, Fróis expressa a sua curiosidade e admiração em relação à civilização nipônica, por outro lado, nega veementemente as práticas religiosas dos gentios, concebidas como ilusões do demônio. Tal percepção está, a nosso ver, diretamente associada a um dos objetivos que norteavam a Missão jesuítica no Japão, a saber: propagar a crença no Cristianismo como a única religião verdadeira. Por conta disso, como demonstraremos nessa apresentação, a lógica descritiva de Luís Fróis organiza uma espécie de tradução do “outro”, o Japão, onde as categorias do pensamento ocidental são trazidas à cena como elemento comparativo central.
Palavras-chave Companhia de Jesus, epistolografia, História do Japão
Forma de apresentação..... Painel
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