Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1695

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Departamento de Ciências Sociais
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Grasiele Costa dos Santos Fortini
Orientador DOUGLAS MANSUR DA SILVA
Outros membros MARIA DAS DORES SARAIVA DE LORETO
Título Título: Mudanças e poder de focalização do Programa Bolsa Família, Muriaé/MG
Resumo O Programa Bolsa Família é o maior programa de transferência de renda em implantação no Brasil, assumindo centralidade do Sistema de Proteção Social. Instituído em 2003, transformado em Lei em 2004, regulamentado pelo Decreto n° 5209, de 17 de setembro de 2004, foi idealizado enquanto política intersetorial, para unificação de programas de transferência de renda, com o objetivo de combater a fome, a pobreza e as desigualdades através da transferência de um benefício financeiro, associado á garantia do acesso aos direitos sociais básicos – saúde, educação, assistência social e segurança alimentar. O programa família atinge hoje 25% da população, cerca de 12,4 milhões de famílias. Possui um baixo custo fiscal, pois com apenas 0,4% do PIB brasileiro beneficia 25% da população, sendo que cada real gasto com o Bolsa Família tem condições de reduzir a pobreza 384 vezes a mais do que a renda de Previdência (NERI, 2010). Nesse contexto, o artigo em questão objetivou examinar as mudanças e o poder de focalização do PBF, em Muriaé/MG, por meio de pesquisa documental. Resultados mostram que o PBF foi implantado em 2003, no município de Muriaé, oferecendo, segundo normas, diretrizes e instruções operacionais estabelecidas pelo MDS, condições adequadas para o exercício das tarefas de cadastramento da população pobre no município e informação dos dados ao Governo Federal. Os critérios de elegibilidade do PBF local, conforme normas do MDS, partem da definição de pobreza e extrema pobreza, considerando a presença de crianças e adolescentes até 15 anos de idade, gestantes e nutrizes. As famílias beneficiárias são classificadas segundo a sua renda per capita, que traduz a sua condição de pobre (renda per capita de R$ 140,00 reais) e miserável (renda per capita inferior a R$70,00 reais). Tais famílias devem matricular crianças a partir de seis anos e adolescentes até quinze anos no ensino fundamental e garantir que estes tenham frequência escolar mínima de 85%. Devem, também, realizar, nas unidades municipais de saúde, os controles de saúde e nutricional de gestantes, nutrizes e crianças menores de sete anos, além de participar das atividades de educação alimentar. O programa vem realizando o controle do cumprimento pelas famílias beneficiárias das condicionalidades e desenvolvendo ações complementares ao Programa Bolsa Família, que tenham por objetivo a inserção social das famílias em situação de pobreza, como por exemplo, o Pronatec, o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e etc. Assim, tendo como foco a situação de pobreza, o programa atende 5.547 famílias, distribuídas espacialmente em quatro comunidades locais. As principais mudanças ocorridas no âmbito do PBF envolvem Infra-estrutura, equipe técnica e ampliação do PBF. Conclui-se que o PBF vem impulsionando o número de matrículas, diminuindo a taxa de abandono nas escolas, reduzindo a vulnerabilidade e desigualdades sociais, ao permitir que as pessoas pobres tenham mais oportunidades sociais.
Palavras-chave Programa Bolsa Família, Focalização, Gestão
Forma de apresentação..... Painel
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