Resumo |
A taxa de eclosão e a quantidade de pintos viáveis produzidos são os indicadores de qualidade mais utilizados em um incubatório, já que os resultados econômicos são altamente correlacionados com esses parâmetros. O embriodiagnóstico é um método rápido e de baixo custo, neste examina-se o resíduo de incubação visando à análise do comportamento da mortalidade e anormalidades embrionárias. O relatório do embriodiagnóstico irá fornecer todo tipo de informação necessária para a avaliação de uma incubação, possibilitando manejos corretivos em todo o processo, desde o manejo com as matrizes e os reprodutores, assim como coleta, transporte, armazenamento e desinfecção dos ovos. Objetivou-se avaliar a taxa de eclosão e o embriodiagnóstico de ovos não eclodidos (número e a porcentagem de ovos bicados, embriões mortos na 1ª, 2ª e 3ª semana de incubação assim como o total de ovos inférteis). O embriodiagnóstico foi realizado no Incubatório do Departamento de Zootecnia da UFV. Após recepção dos ovos, estes foram submetidos ao processo de fumigação com o propósito de desinfetar e evitar contaminações, posteriormente os ovos foram classificados, embandejados e armazenados em sala de ovos no incubatório com temperatura entre 19 - 21º C. Antes da incubação os ovos foram submetidos a um pré-aquecimento, durante aproximadamente 12 horas com circulação eficiente de ar e temperatura variando de 24 a 27º C, visando evitar o choque térmico do embrião e a consequente condensação na casca. Após o pré-aquecimento, os ovos foram incubados a uma temperatura 37,5 – 37,8º C. Aos 19 dias, os ovos são transferidos da máquina incubadora para as bandejas do nascedouro. No dia seguinte a transferência retirou-se os pintos da máquina de eclosão quando a foi diagnosticado que maioria deles apresentava-se secos e com penugens. Dentre os 4.325 ovos incubados, 743 não eclodiram, o que permitiu a realização da técnica do embriodiagnótico em tais ovos, através da quebra de todos os ovos não eclodidos com o propósito de definir a idade aproximada da morte do embrião. Após a observação dos ovos foi possível verificar que dentre os 743 ovos não eclodidos, 426 foram fertilizados e 317 eram ovos infeteis. A mortalidade embrionária dos ovos férteis na 1°, 2° e 3° semana de incubação foram de 14,54%; 7,80% e 21,13%, respectivamente. Os ovos bicados não eclodidos totalizaram 13,86% dos pintos não nascidos. Conforme mencionado anteriormente, 317 ovos incubados eram inférteis, perfazendo total de 42,66% dos ovos não eclodidos. Na 3ª semana ocorreu maior taxa de morte embrionária, que pode estar associada a falhas no armazenamento dos ovos, nutrição, idade, sanidade e genéticas das matrizes e deformações da casca. A taxa de eclosão observada foi de 82,82%, fato que exige maior monitoramento do incubatório, em decorrência da baixa taxa de eclosão. |