Resumo |
A geografia como disciplina escolar deve fornecer ao aluno a compreensão do espaço em suas diferentes temporalidades e transformações. É preciso fornecer ao estudante a oportunidade de aprender mediante a observação direta da paisagem, e dependendo do recorte desta, levá-lo a um entendimento de como a teoria se aplica em seu cotidiano a nível local, regional e global. O objetivo do trabalho foi fazer com que os alunos adquirissem uma melhor compreensão do que foi a formação espaço-têmporo-cultural da Zona da Mata Mineira e a relação com a Região Mineradora na formação do território brasileiro. Ao mesmo tempo perceber os processos que estiveram presentes na transformação e construção do espaço em Viçosa, Ponte Nova e Ouro Preto, bem como em outras cidades da Zona da Mata Mineira. Essa construção não se deu de forma fragmentada, mas também associada ao declínio das áreas de mineração, e ao afrouxamento das proibições portuguesas pelo devassamento desse espaço, conhecido como “áreas proibidas”. Juntamente a isso analisar todos os aspectos físicos da paisagem ao longo do percurso entre Viçosa e Ouro Preto. O Público alvo foram os estudantes do 7° ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Coronel Antônio da Silva Bernardes (CASB), no Município de Viçosa-MG, sendo parte das atividades propostas pelos alunos do PIBID/Geografia 2012, em conjunto com a professora de geografia do 7° ano e a coordenadora do PIBID/ Geografia do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Viçosa. Dividindo-o em três etapas, a saber: num primeiro momento aconteceu o pré-campo com os bolsistas para delimitação do trajeto; no retorno, após a organização das informações e definição do roteiro foi realizada uma atividade junto aos estudantes, de modo a contextualizar a relação entre a Zona da Mata e a Região Mineradora. Nesse momento buscou-se, evidenciar o processo histórico, a localização das cidades, o trajeto, e os principais pontos a serem visitados, de modo a estimular a curiosidade. Em seguida foi feito uma viagem de trabalho de campo para Ouro Preto, momento em que tiveram contato com material didático produzido especialmente para auxiliar na leitura da paisagem. E finalmente, os alunos produziram um texto relatando o que os mesmos puderam aprender. Observou-se que a maioria dos alunos descreveram os locais visitados, como o relevo acidentado da cidade, as igrejas e arquitetura das casas, a dinâmica da cidade turística, os diferentes tipos de comércios como o artesanato, em muitos relatos houve a percepção da mudança de temperatura e da vegetação ao longo do percurso e na cidade. A aula expositiva do pré-campo contribuiu muito para que os alunos já chegassem aos lugares com conceitos prévios do que iriam ver muitos em seus relatos conseguiram assimilar o que foi visto em sala com o campo, ajudando em uma maior compreensão do conteúdo e consolidação do conhecimento. |