Resumo |
A LIBRAS é uma língua que vem sendo ensinada formalmente em muitas Universidades e cursos especializados, posto que a Legislação vigente requer a disciplina na formação acadêmica dos profissionais da Licenciatura, o que a configura como um importante, quiçá fundamental, fator na inclusão de pessoas surdas. A partir da disciplina de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, vinculada ao Departamento de Letras, da UFV, os conhecimentos referentes aos aspectos gramaticais dessa língua são desenvolvidos aos acadêmicos de diferentes cursos de graduação. Nessa direção, surge o projeto de pesquisa em ensino PIBEN, intitulado “O Processo de Formação Linguística em LIBRAS aos Acadêmicos de Licenciatura na Disciplina de LET 290 e as influências para a aplicação na Escola Básica”. O projeto tem o intuito de (re)pensar o processo de construção de conhecimento da fonologia, morfologia e sintaxe da LIBRAS pelos Acadêmicos de Licenciatura na Disciplina de LET 290, a partir de dinâmicas, oficinas visuais e material concreto, via apreensão dos sinais para pesquisar, conjuntamente, as diferenças, as semelhanças e as especificidades da língua, a partir do uso de recursos didáticos disponibilizados, tais como: dicionário de LIBRAS, vídeos, livros e histórias em LIBRAS. Entende-se que para o ensino de uma segunda língua podem ser utilizados diversos métodos, no entanto, o mais frequente é o tradicional. Tal método consiste em expor as regras do conteúdo, aplicar exercícios de fixação e finalizar com a tradução do novo conteúdo aprendido. Todo este ensino é feito com base na língua materna, e é muito criticado, embora seja detentor de seus pontos positivos, que não serão levados a cabo no presente trabalho. Mas a busca é a reflexão acerca do método científico indutivo, método este que, através da observação de uma ideia obtém regras gerais. Ele é constituído de algumas etapas, como: primeiro há a observação dos dados, após ocorre a análise e a classificação dos mesmos, o analisador então faz uma generalização a partir da observação e cria regras, e, por fim, as verifica para observar a veracidade e a generalidade das mesmas. Podemos perceber neste método uma completa participação do aluno, sendo que o professor é apenas o mediador da aprendizagem, mas quem reflete, busca e constrói o conhecimento é o próprio aluno, que se vê como autor do seu próprio texto. Além da reflexão acerca do método indutivo, o resumo concentra-se em incidir a respeito das suas implicações no ensino e aprendizagem da Língua de Sinais, respeitando suas particularidades, de acordo com a modalidade visual-espacial e os próprios aspectos linguísticos (ou seja, fonologia, morfologia e sintaxe) que devem ser trabalhados e ensinados de que forma concreta e competente. É de suma importância que o desenvolvimento do fazer pedagógico seja constantemente trabalhado e as experiências didáticas e metodológicas venham a agregar a construção de conhecimentos. |