Resumo |
As técnicas culturais utilizadas na produção do tomateiro nas condições de campo, não evoluíram nas mesmas proporções que o melhoramento genético das cultivares, e os sistemas de cultivos não favorecem um controle eficiente de insetos-praga e doenças. Em uma nova alternativa de cultivo do tomateiro denominada Sistema Viçosa, obteve-se maior produtividade comercial e de frutos grandes sem ocorrer redução no sabor dos frutos. A maioria dos estudos que procuram relacionar os efeitos de diferentes práticas de cultivos ou de diferentes condições ambientais no desenvolvimentos dos frutos do tomateiro tem-se concentrado sobre o metabolismo fotossintético das folhas. Dessa forma, a emissão de fluorescência da clorofila a tem sido utilizada como uma ferramenta para compreender processos fotossintéticos e o comportamento do crescimento das plantas. O objetivo do trabalho foi avaliar o comportamento dos parâmetros de trocas gasosas e emissão de fluorescência da clorofila a em diferentes sistemas de cultivo do tomateiro. Os experimentos foram instalados na Horta Velha, do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa. O primeiro foi realizado no período de 26 de março a 16 de julho de 2012 e o segundo de 21 de agosto a 05 de dezembro de 2012, ambos em condições de campo. Os experimentos foram conduzido no delineamento de blocos ao acaso, com três tratamentos e nove repetições, dando um total de 27 parcelas. O hibrido utilizado foi o Upiã, do tipo Santa Cruz e hábito de crescimento indeterminado. O manejo das plantas foi de acordo com as técnicas recomendadas para a cultura. As variáveis, taxa de assimilação fotossintética líquida (A), condutância estomática (gs), taxa de transpiração (E), temperatura foliar (Tf), concentração interna de CO2 (Ci) e a razão entre concentração interna e externa de CO2 (Ci/Ca) foram determinadas pelo analisador de gás por infravermelho (IRGA). As variáveis de fluorescência da colrolfial a – F0, Fm, FV, FV/Fm, NPQ e qP - foram obtidas com fluorímetro modulado Mini-Pam, as características de trocas gasosas e florescência da clorofila a foram avaliadas no segundo par de folíolos da quarta folha. Os dados foram submetidos à análise de variância univariada. Para discriminação das médias foi utilizado a estatística Tukey a 5% de probabilidade. Não houve diferença na taxa assimilatória A e gs entre os sistemas, maior E nos sistemas Vertical e Cerca, maior Tf em Vertical, maior Ci no Viçosa e maior Ci/Ca no sistema Vertical. Portanto, o uso dos parâmetros de trocas gasosas e fluorescência da clorofila a permitiu a distinção dos sistemas de cultivos do tomateiro. |