Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1517

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Animal
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Paulo Eder Henrique da Fonseca
Orientador MARIELLA BONTEMPO DUCA DE FREITAS
Outros membros Jerusa Maria de Oliveira, LEANDRO LICURSI DE OLIVEIRA
Título Diagnóstico do bioacúmulo hepático de pesticidas e metabolismo energético de morcegos frugívoros que ocorrem na Mata Atlântica, MG
Resumo A utilização extensiva de pesticidas na produção de alimentos pode causar alterações fisiológicas em morcegos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o bioacúmulo de pesticidas nas espécies mais abundantes de morcegos frugívoros neotropicais e descrever o metabolismo energético destes animais. Morcegos da espécie Carollia perspicillata, Artibeus lituratus e Sturnira lilum foram capturados em fragmentos de Mata Atlântica (MG), no Parque Estadual do Rio Doce (PERD) e no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB). Para as análises referentes ao bioacúmulo do inseticida neonicotinóide imidacloprido, o fígado e as carcaças foram retirados e divididos em sub-amostras de 1 e 4 g, respectivamente, por espécie e localidade, e congelados a -200 C, e posteriormente submetidos a análise por HPLC para determinação cromatográfica. Para as análises metabólicas, porções dos tecidos hepático e muscular foram digeridas em KOH 30% para as determinações de glicogênio hepático e muscular das amostras. Os resultados obtidos para análise da presença do pesticida em C. perspicillata e A. lituratus demonstraram ausência de acúmulo no fígado e na carcaça de animais capturados no PERD e no PESB, em função das baixas concentrações do pesticida obtidas nos tecidos. As concentrações de glicogênio no tecido hepático dos animais do grupo PERD foram, em média, 77,68±17,71 µ mol glicosil-unidades/g, e as concentrações hepáticas encontradas em morcegos do grupo PESB foram em média 4,62±1,92 µ mol glicosil-unidades/ g. As concentrações de glicogênio muscular do grupo PERD foi em média 10,06±2,8 µ mol glicosil-unidades/ g, e do grupo do PESB 9,43±12,91 µ mol glicosil-unidades/g. Apesar da limitação do grupo amostral, os dados sugerem um possível maior acúmulo de glicogênio hepático em animais de áreas com maior grau de conservação, o que poderia indicar maior disponibilidade alimentar no ambiente, e ainda que morcegos frugívoros que ocorrem nas duas áreas de conservação não apresentam biacúmulo do inseticida neonicotinóide. Considerando que morcegos frugívoros são essenciais para a regeneração de áreas florestais fragmentadas através da dispersão de sementes, e que em áreas conservadas não houve acúmulo deste pesticida, enfatizamos a necessidade da definição de novas unidades de conservação em áreas de Mata Atlântica.
Palavras-chave Artibeus, glicogênio, Imidacloroprido
Forma de apresentação..... Painel
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