Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1485

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Carolina Pereira Nascimento
Orientador RAUL NARCISO CARVALHO GUEDES
Outros membros Lessando Gontijo
Título Efeito subletal de Azadiractina e Clorantraniliprole no comportamento locomotor de inimigos naturais da traça do tomateiro, Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera: Gelechiidae)
Resumo A traça do tomateiro, Tuta absoluta (Meyrick) (Lepidoptera: Gelechiidae) é uma das principais pragas prejudiciais ao cultivo de tomate no Brasil e na América do Sul. O entendimento da biologia de inimigos naturais que auxiliem no controle desta praga é fundamental para a construção de estratégias de manejo integrado de pragas (MIP). Além disso, pouco se sabe a respeito do impacto de inseticidas no comportamento e na sobrevivência das populações destes inimigos naturais, quando submetidos a doses subletais destes compostos. Tendo isso em vista, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito subletal de dois inseticidas, azadiractina e clorantraniliprole, no comportamento locomotor de Blaptostethus pallescens, Amphiareus constrictus e Orius tristicolor (Heteroptera: Anthocoridae), que são três espécies de percevejo consideradas importantes no controle da traça do tomateiro. As populações foram criadas em sala climatizada com temperatura de 26 ± 1 °C, U.R. 70 ± 5%, e fotoperíodo de 12:12 (L:E). Para a determinação da dose subletal, aplicou-se primeiramente a recomendação de cada um dos dois inseticidas para o controle da traça do tomateiro. Por ter causado mortalidade nos percevejos inferior a 25% (padronização prévia), essas doses foram consideradas subletais nessas espécies. Após essa determinação, os insetos foram expostos a essas mesmas doses e, em seguida, submetidos por 10 minutos ao ensaio de locomoção em uma arena (1.5 x 9 cm; a x d) acoplada a um sistema de videotrack (ViewPoint Life Sciences Inc., Montreal, Canada), que rastreia dados de caminhamento. Os parâmetros de avaliação utilizados foram: número de paradas; tempo gasto parado; tempo gasto com movimentos lentos; e tempo gasto com movimentos rápidos. Não houve diferença para as espécies em nenhum dos parâmetros, quando comparados com o controle (indivíduos não tratados com inseticida). No entanto, o predador O. tristiclor percorreu maiores distância que os demais predadores, independente do tratamento aplicado. Além disso, A. constrictus e B. pallescens tratados com azadiractina tendem a andar mais na periferia da arena, sugerindo um possível efeito repelente deste inseticida. Tal efeito, porém, não foi observado para O. tristicolor. O inseticida clorantraniliprole parece não afetar o caminhamento dos predadores, podendo ser um potencial inseticida seletivo para ser utilizado em programas de manejo integrado da traça do tomateiro, no que diz respeito aos parâmetros avaliados neste trabalho. Por fim, o trabalho mostrou que o comportamento de percevejos predadores da traça do tomateiro pode variar de acordo com a exposição a diferentes inseticidas em doses subletais. É necessário cautela na utilização destes compostos e um maior entendimento da dinâmica das populações destas espécies, quando sujeitas a este tipo de estresse, a fim de otimizar o controle de Tuta absoluta no campo.
Palavras-chave Inimigo natural, traça do tomateiro, Efeito subletal
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,66 segundos.