Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1465

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Tecnologia de Alimentos
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Daniele de Almeida Paula
Orientador AFONSO MOTA RAMOS
Outros membros Anderson do Nascimento Oliveira, Ligia Portugal Gomes Rebello
Título Avaliação do potencial de utilização de farinha de casca de banana (Musa AAA) como fonte de pectina
Resumo Ao longo da cadeia de processamento de alimentos uma grande quantidade de resíduos é produzida, o que gera perda de divisas e inúmeros problemas ambientais. O objetivo deste trabalho, foi efetuar a caracterização físico-química da farinha de casca de banana, realizar um estudo exploratório para a extração de pectina, utilizando diferentes agentes extratores (ácido cítrico e oxalato de amônio) e condições de extração (tempo, temperatura e pH), determinando desta maneira as condições ótimas de extração, em termos de rendimento e grau de esterificação. As amostras de banana (Musa AAA), com “grau de coloração da casca 5”, foram lavadas e sanitizadas (cloro ativo a 50 mg L-1 por 15 min.), as cascas foram removidas manualmente, branqueadas a 95ºC durante 5 minutos e submetidas à secagem a 55ºC em secador de bandejas e trituradas em moinho de facas para a obtenção da farinha. Na extração de pectina foi utilizado o Resíduo Insolúvel em Álcool (RIA), de acordo com metodologias pré-estabelecidas. A farinha foi caracterizada em relação ao teor de umidade, atividade de água, proteína e cinzas. O teor de umidade (7,36%) está dentro dos limites estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que estabelece o máximo de 15%. A atividade de água (0,23) demonstra que a farinha pode ser considerada microbiologicamente estável, desde que armazenada adequadamente. Para os teores de proteína bruta e de cinzas, foram obtidos os valores de 5,3% e 6,4%, respectivamente. Utilizando ácido cítrico como agente extrator, o rendimento de pectina variou de 4,1 a 23 %, com grau de esterificação variando entre 25 e 71,4%. Fixando a tempera­tura na faixa de 70-90ºC e aumentando a concentração de ácido cítrico, o rendimento aumentou e o grau de esterificação diminuiu. A partir destes resultados, optou-se por utilizar a concentração de 0,7% de ácido cítrico, temperatura de 80°C e tempo de 80 min, tendo pectinas com grau de metoxilação (74,0%) e um rendimento de extração (9,24%). Na extração com oxalato de amônio o rendimento variou de 6,2 a 32,8% e grau de esterificação variando entre 25 e 79%. Ao se fixar o tempo de 50 min, constatou-se que maiores valores de rendimento e de grau de esterificação foram obtidos com valor de pH 3,0 e temperatura de extração de 75 e 80°C. Porém devido ao pH 3,0 se encontrar no limite da faixa estudada e por questões de minimização de custos, se optou pelas condições de pH 2,8 e temperatura de extração de 75°C, fornecendo pectinas com grau de metoxilação (67,34%) e rendimento de extração (11,3%). A concentração de ácido cítrico, o tempo e a temperatura de extração afetam o rendimento do processo de extração da pectina, assim como o pH e temperatura quando se faz uso de oxalato de amônio como agente extrator. Sendo que, as condições de extração que maximizam o grau de esterificação reduzem o rendimento de extração.
Palavras-chave Farinha de casca de banana, Resíduos, pectina.
Forma de apresentação..... Painel
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