Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1464

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Biologia Geral
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Ullisses Vargas Sobrinho
Orientador FLAVIA MARIA DA SILVA CARMO
Outros membros Diondevon Rocha de Oliveira
Título A densidade da água e o deslocamento de seres aquáticos
Resumo A salinidade do oceano é em média de 35%, o que significa que em cada litro de água do mar existem 35g de sais dissolvidos, dos quais a maior parte é o sal comum (cloreto de sódio), que a torna mais densa e imprópria ao consumo humano. Em contraste, a água doce possui em sua composição níveis de sais minerais não tão elevados quanto à água do mar e é, portanto, menos densa. O objetivo desse trabalho foi testar a hipótese de que por ser mais densa do que a água doce, a água salgada afeta a locomoção de seres marinhos, exigindo maior gasto energético. Para simular o efeito do sal na densidade da água foram utilizadas duas garrafas PET contendo 1,5 L de água, uma nomeada PET D (água doce) e a outra chamada PET S (água salgada). Nessa última foram adicionados 35g de sal para simular a salinidade I e depois, mais 15g para simular a salinidade II. Para simular um ser vivo, foi utilizada uma garrafa PET de 237 ml cheia de água, denominada PET A. A PET A primeiramente foi delicadamente colocada dentro da PET D, anotando-se a sua distância final em relação ao fundo da garrafa. Depois, a PET A foi colocada dentro da PET S, contendo solução aquosa com salinidade I, anotando-se novamente o distância final da PET A em relação ao fundo da PET S. O mesmo procedimento foi realizado para a salinidade II e o experimento foi repetido 4 vezes. Os resultados obtidos mostraram que a PET A afundou totalmente na PET D, tocando o fundo. Já na PET S com salinidade I, a PET A ficou flutuando a uma distância média de 3,5 cm em relação ao fundo enquanto que na PET S salinidade II, ela flutuou a 7,5 cm. Considerando a PET A como um organismo vivo, ele deveria gastar mais energia para se locomover na água salgada do que na água doce, a determinada profundidade, porque tem que superar a força do empuxo exercido pela densidade da água. No caso dos peixes, a bexiga natatória atenua esse gasto de energia, uma vez que auxilia o animal na locomoção em profundidade. Quanto mais profundo ele estiver na coluna d’água, menos ar a bexiga natatória conterá e vice-versa. Mas, como na água salgada o empuxo é maior, esse peixes terão que realizar um esforço maior para se locomover em profundidade, mesmo fazendo uso de suas bexigas natatórias, se comparados aos de água doce. É então possível que o gasto energético dos animais marinhos seja maior do que os de água doce, devendo haver adaptações morfológicas, fisiológicas e/ou comportamentais para compensar esse dispêndio de energia.
Palavras-chave salinidade e densidade da água, ambiente marinho e dulcícola, seres aquáticos
Forma de apresentação..... Painel
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