Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1454

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Isabel Maia dos Santos
Orientador PEDRO PAULO DO PRADO JUNIOR
Outros membros Daniele do Carmo Eleto Hamadé, JANAINA MARIA SETTO FIOREZI, Rebeca Rolim Menezes, SILVIA ELOIZA PRIORE
Título Parto normal e cesariana: distribuição entre o estado civil da mãe em Viçosa, MG.
Resumo Introdução: A escolha do tipo de parto é sempre muito complexo para a mulher, estando relacionado a vivências anteriores e relato de experiências. Estudos evidenciam que a maior parte das mulheres opta por parto cesáreo. A Organização Mundial da Saúde preconiza como ideal uma taxa de cesarianas entre 10% e 15%, respeitando as corretas indicações para esse procedimento. Dados do DATASUS (Departamento de Informática do SUS) Região Sudeste apresentam, respectivamente, o menor índice de parto normal e a maior taxa de cesarianas realizadas pelo Sistema Único de Saúde. Dentre os riscos para gravidez o Ministério da Saúde destaca a situação conjugal insegura, podendo apresentar consequências negativas para o parto. Objetivo: Associar o tipo de parto ao estado civil materno. Metodologia: Pesquisa quantitativa realizada a partir de prontuários de partos de residentes em Viçosa e microrregião, em hospital filantrópico de Viçosa-MG, no ano de 1992. Resultados: Foram analisados 815 prontuários dos quais 10 (1,23%) não tinham registro do estado civil, 121 (14,84%) eram solteiras, 663 (81,35%) casadas e 21 (2,58%) tinham outros tipos de relacionamentos (relação estável, viúva). Das mulheres solteiras 72 (59,51%) foram submetidas à cesariana e 49 (40,49%) tiveram parto normal, enquanto que nas mulheres casadas evidenciou-se 457 (68,93%) cesarianas, 204 (30,77%) partos normais e 2(0,3%) fórceps. Para as mulheres que possuíam outros tipos de relacionamentos 12 (57,14%) foram partos cesáreos e 9 (42,86%) normais. O estudo verificou que o parto cesáreo foi superior ao parto normal independente do estado civil, diferentes de estudos publicados onde a maior taxa de cesariana foi observada entre mulheres casadas/em união consensual, enquanto a do parto vaginal foi maior entre mulheres solteiras. Conclusão: A mulher como protagonista do seu processo de gerar e parir tem o direito de optar por seu tipo de parto. Neste contexto, a prática obstétrica apropria-se deste discurso para justificar o pedido da gestante para a realização da cesariana. Porém, a aparente “liberdade de escolha” outorgada à mulher é, muitas vezes, acompanhada da falta de informações adequadas sobre os riscos envolvidos nos procedimentos relacionados ao parto e ao nascimento A cesariana, outrora considerada um procedimento de exceção, indicada em situações de risco de vida para a gestante e/ou feto, é na atualidade um procedimento cirúrgico na maioria das vezes programado, sem a identificação médica de nenhum risco definido, ou simplesmente como vontade da gestante. A “medicalização” do parto, ou seja, a mudança de assistência baseada na plausível segurança dos procedimentos médicos intervencionistas transformou o parto normal em um parto passível de intervenções, ou seja, de risco. Os dados obtidos neste estudo demonstram a necessidade da modificação das práticas dos profissionais que atuam na assistência pré-natal, visando à prevenção dos riscos relacionados ao parto operatório.
Palavras-chave Assistência pré-natal, parto normal, cesárea
Forma de apresentação..... Painel
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