Resumo |
A estabilidade da matéria orgânica do solo (MOS) é um aspecto relevante para os estudos de solos tropicais. Isto porque, a MOS contribui com características que melhoram a fertilidade do solo e também é um importante estoque de carbono na superfície terrestre. A termodegradação é uma técnica que quantifica a perda de carbono orgânico pelo solo quando submetido a diferentes temperaturas em forno mufla e fornece dados referentes a resistência à perda de matéria orgânica pelo solo. Para a realização deste experimento foram utilizadas matas secas de solos do Norte de Minas Gerais e também de outras regiões. Os objetivos deste trabalho foram: avaliar a estabilidade da MOS de região de matas secas no Norte de Minas Gerais e relacionar a estabilidade da MOS com a qualidade da matéria orgânica e mineralogia destes solos. Foram analisadas amostras de horizontes superficiais de quatro perfis de solo coletados e descritos em áreas significativas de matas secas: P1 – NVe, P2 – LVe, P3 – CXbe, P4 - CXbd e quatro perfis de solos: oxídico (P6 – LV de Patos de Minas), caulinítico (P8 - LVA de Viçosa), gibbsítico (P7 – LVA de Rio Paranaíba) e um Vertissolo (P5 – VE de Patos de Minas) com a presença marcante de argilas 2:1. O tratamento térmico foi realizado através do aquecimento de amostras de TFSA em forno mufla com temperaturas de 100, 200, 300, 400, 500 º C por duas horas. Considerou-se como 30ºC a temperatura com o teor de carbono original encontrado na amostra. O resultado foi submetido à regressão sigmoidal com 3 pontos e apresentou ajustamentos com R² superiores a 0,99. Nos solos estudados verificou-se que nos perfis com a MOS mais humificada apresentaram maiores resistência à perda de MOS com exceção do P7 – LVA. Estudos que quantifiquem os minerais presentes nos solos e os relacionem com o ponto de inflexão e a declividade da curva podem proporcionar resultados importantes a respeito da degradação da MOS com o aumento de temperatura e possibilita relacionar a perda de MOS com o uso intensivo do solo. |