Resumo |
A saúde do ser humano depende, dentre outros fatores, de uma alimentação em quantidade e qualidade adequada. O desperdício é um sério problema a ser resolvido na produção e distribuição de alimentos no Brasil. Embora os avanços tecnológicos contribuam para o aumento da produção de alimentos, o desperdício é uma atitude injustificável, visto que milhões de pessoas no mundo não tem o que comer. Preparar os alimentos integralmente, de modo que não haja desperdício, além de promover uma alimentação de qualidade rica em nutrientes terá um baixo custo. Este projeto de extensão iniciou-se em 2012, com o objetivo de promover uma ação de segurança alimentar por meio da reeducação alimentar e do aproveitamento integral de alimentos. No presente momento, participam do projeto 25 mulheres, chefes de família, que ganham no máximo dois salários mínimos e que residem na periferia de Viçosa-MG. As oficinas são realizadas, nos finais de semana, geralmente a cada 15 dias, na Casa do Caminho que fica localizada no bairro Santa Clara. A metodologia utilizada foi à pesquisa-ação que possibilitou aos pesquisadores interagir com os participantes. A escolha dos temas abordados nos encontros são propostos pelas participantes por meio de reuniões e discussões, de modo a buscar informações importantes de serem enfatizados durante as oficinas. Do mês de janeiro deste ano, até o presente momento foram realizadas 20 oficinas. Observou-se que as participantes possuíam hábitos alimentares que precisavam de mudanças para que houvesse uma alimentação mais saudável com menos desperdício e aproveitando melhor os alimentos. Nas oficinas procurou-se esclarecer aos participantes, que na maioria das vezes, as partes como talos das hortaliças e cascas de algumas frutas e vegetais são mais ricos em nutrientes do que as partes que são consumidas normalmente pelas pessoas. Sendo assim, essas informações importantes foram passadas de modo que ao preparar os alimentos houvesse aproveitamento integral evitando-se o desperdiço. As receitas sempre foram preparadas no sentido de aproveitar integralmente os alimentos utilizando-se técnicas adequadas de cocção e higiene. Outro aspecto trabalhado durante as oficinas foi o incentivo a horta domiciliar, visto que todas as participantes moravam em casa que possui quintal, para produção caseira de hortaliças e plantas medicinais na perspectiva agroecológica. Como forma de avaliar os trabalhos realizados até o presente momento, foi aplicado um questionário semi-estruturado. Conclui-se que as oficinas têm contribuído para promover hábitos alimentares saudáveis no contexto familiar após depoimento das participantes. |