Resumo |
Restrições hídricas e nutricionais reduzem a sobrevivência das plantas e a produtividade de florestas plantadas. Para contornar essa adversidade, têm sido selecionados clones mais tolerantes à seca e com maior eficiência hídrica e nutricional, principalmente para potássio, que está envolvido no condicionamento hídrico da planta. O experimento foi instalado em casa de vegetação no município de Viçosa, Minas Gerais no período de outubro de 2012 a fevereiro de 2013. Utilizou-se rizotrons com solo arenoso sem a adição de potássio (K0) na metade deles e com 150 mg dm-3 na outra metade (K1). Dois clones de eucalipto, GG100 e I144, foram plantados e impostos a dois regimes hídricos: solo na capacidade de campo (RH1) e com restrição hídrica (RH2), reduzindo-se a irrigação. Os tratamentos foram dispostos em blocos ao acaso com quatro repetições. Oito dias após o início da restrição hídrica, avaliou-se o incremento em altura (IC-H), a matéria seca da folha jovem (MSFJ), do sistema radicular (MSR), da parte aérea (MSPA) e total (MST). Foi feita a determinação dos teores de nutrientes nas partes da planta e analisou-se quimicamente o solo após o experimento. A omissão de K reduziu MSPA dos clones e estimulou a alocação de carboidratos nas raízes para o clone GG100, compensando a produção de MST, fato não observado para o clone I144. A restrição hídrica reduziu o crescimento das plantas, porém o seu efeito foi menor em K1 permitindo maior MSPA para ambos os clones, e maior MSR no clone GG100. No clone I144, o IC-H das plantas em RH2K1 foi muito superior a RH2K0, comportamento pouco acentuado no clone GG100. No RH1K0, em ambos os clones, aumentou-se a MSR quando comparadas a RH1K1, mas com a RH2K1, aumentou-se MSR, principalmente no clone GG100, aparentemente por maior MSFJ. Os teores nas partes e muda inteira aumentaram com o suprimento do nutriente, independentemente do regime hídrico ou clone. O valor de potássio na planta inteira na condição K1 foi em média de 23,98 g kg-1 indicando que o elemento encontra-se em nível adequado, em contra partida para K0 a média de 10,14 g kg-1 indica nível indesejável. Os teores de K no caule foram os mais sensíveis aos tratamentos, muito influenciado pelo fato dos clones aportarem maior concentração do nutriente em caso de RH2, principalmente o clone I144, pelo fato de haver menor MST. Para os demais nutrientes, consistentemente, a omissão de K ou estresse hídrico causou aumento em seus teores em razão do menor crescimento das mudas. A média do teor de K no solo em K0 foi igual a 9,25 mg dm-3 e para K1 igual a 50,00 mg dm-3. Os efeitos negativos da restrição hídrica no crescimento de mudas de eucalipto podem ser minimizados pela adubação potássica. A magnitude desses efeitos e a partição da biomassa são variáveis com o material genético. Plantas adubadas com potássio aumentam o teor do nutriente na planta. Os teores de elementos não limitantes aumentam quando há ocorrência de estresse. |