Resumo |
Pensar a escola é pensar nos diversos sujeitos que a constitui, e para além disso, nas intereções que esses estabelecem e como estabelecem. Segundo Juarez Dayrell(1996) há uma necessidade de se conhecer esses sujeitos sabendo que, eles são sócio – culturais portadores de um conhecimento construído socialmente. Assim, direcionamos o olhar para dois sujetos importantes no processo ensino–aprendizagem: o professor e o aluno, ambos portadores de experiências. Nesse sentido enfatizamos a importância da relação professor-aluno e da afetividade, em um sentido mais amplo, como algo que afeta o sujeito e lhe provoca reações de estímulo, podendo essas serem provocadas externamente. Nessa perspectiva, todo o processo ensino-aprendizagem está impregnado de afetividade, pois estabelecermos uma relação de confiança com quem nos ensina, agregando significados aos objetos (TASSONI, 2003). Com o intuito de verificar se o estreitamento entre professor-aluno causa transformações no ensino-aprendizagem, observamos os estudantes do ensino fundamental II da Escola Municipal Nossa Senhora de Fátima, município de Viçosa-MG, em atividades do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência – PIBID, subprojeto de Geografia. Realizou-se uma pesquisa com dados como: nomes, idade, pessoas com quem mora, bairro que reside, cidade de origem, ocupação e formação escolar dos pais e familiares traçando o perfil das turmas de 6° ano. Assim, foi possível perceber que os alunos que possuem acompanhamento familiar tendem a ter um rendimento melhor, do contrário o comportamento tende a ser conflituoso. Outra relação estabelecida é que esses alunos por não possuírem boas condições econômicas abandonam a escola para trabalhar e contribuir com a renda familiar. Diante disso, o grupo propôs uma metodologia de trabalho que priorizasse o atendimento individual e coletivo, de forma concomitante. Para tanto, foi preciso um levantamento de textos complementares, imagens, músicas, jogos a serem utilizados. Em seguida, os estudantes de cada turma foram divididos em grupos, aleatoriamente, com oito componentes, onde a cada aula de geografia um grupo era levado para a biblioteca, sentavam-se em círculo acompanhados de dois bolsistas que prosseguiam com o conteúdo que era introduzido de forma dinâmica com a intenção de criar uma conversa, de forma a saber o que os estudantes já conheciam sobre o assunto. Ao final de cada círculo de conversa os estudantes eram estimulados a desenvolverem atividades com o uso dos materias já citados e a dissertarem sobre a aula. A partir da ocorrência das atividades, relatos dos etudantes e melhoria deste nas atividades avaliativas, se tornou clara a melhor desenvoltura dos mesmos com os conteúdos e sobretudo, maior interesse em aprender, resultado das reflexões sobre o meio em que eles estão inseridos e da construção do conhecimento coletiva em um ambiente acolhedor, contribuindo para o rendimento escolar. |