Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1324

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Doenças, reprodução e comportamento animal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Graziela Domingues de Almeida Lima
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros Ana Cláudia Ferreira Souza, Felipe Couto Santos, Nayara Magalhães Gonçalves
Título Fertilidade de ratos Wistar submetidos a ingestão de arsenato de sódio
Resumo Estudos em modelos animais indicam que a exposição ao As está associada a danos reprodutivos e de desenvolvimento, principalmente quando em altas concentrações. No entanto, não há relatos sobre seus efeitos quando em baixas concentrações, como a concentração máxima tolerada na água de beber (0,01mg/L) por organizações brasileiras. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da ingestão de duas concentrações de As, na forma de arsenato de sódio, sobre a fertilidade de ratos Wistar. Para isto, 15 machos foram divididos em três grupos experimentais (n = 5 animais/grupo). Os animais controle beberam solução salina a 0,9% ad libitum, enquanto que os animais tratados beberam diariamente 30 mL de solução de As, na forma de arsenato de sódio (As+5), nas concentrações de 0,01 mg/L e 10 mg/L por 56 dias. No 57º dia, machos tratados foram acasalados com fêmeas hígidas (2♀:1♂) durante 3 dias. As fêmeas foram eutanasiadas (CEUA n 19/2011) no 17º dia após o 1º dia de acasalamento. Após abertura da cavidade abdominal, retirou-se o aparelho reprodutor feminino e as seguintes variáveis reprodutivas foram avaliadas: taxa de acasalamento (nº de fêmeas com espermatozoides presentes no esfregaço vaginal / nº de fêmeas colocadas para acasalar X 100; números absolutos e percentual), taxa de prenhez: (nº de fêmeas prenhes / nº de fêmeas com espermatozoides presentes no esfregaço vaginal X 100; números absolutos e percentual), potencial de fertilidade (sítios de implantação / corpo lúteo X 100), número de fetos, peso dos fetos (g), tamanho de fetos (cm), taxa de perda pré-implantação (nº de corpos lúteos - nº de implantações / nº de corpos lúteos X 100) e taxa de perda pós-implantação (nº de implantações - nº de fetos vivos / nº de implantações X 100). Para a taxa de prenhez, foi observada redução de 31,82% das fêmeas prenhes de machos que ingeriram As+5 0,01 mg/L e redução de 18,18% de fêmeas prenhes de machos expostos a 10 mg/L de As+5. O potencial de fertilidade de machos tratados com As+5 0,01mg/L (40,6±12,8%) foi menor que o dos machos controle (71,04±21,4%). A perda embrionária pré-implantação foi de 59% para machos tratados com As+5 0,01mg/L e 28,96% para animais controle. Foi observado aumento no tamanho médio de fetos provenientes do acasalamento de fêmeas não tratadas com machos que receberam oralmente 0,01mg/L de As+5 (1,33±0,02 cm) em comparação aos animais do grupo controle (1,16±0,02 cm). Já o tamanho médio de fetos provenientes do acasalamento de fêmeas com machos que receberam 10mg/L de As+5 (1,01±0,02 cm) apresentou redução. Não foram observadas diferenças entre os grupos para peso de ovários, número de corpos lúteos, número de implantações, número de fetos e taxa de perda pós-implantação. Dessa forma, pode-se concluir que a ingestão crônica de arsênio nas concentrações de 0,01 e 10mg/L, na forma de arsenato de sódio, causou alterações nos parâmetros de fertilidade avaliados em ratos Wistar.
Palavras-chave arsênio, taxa de prenhez, potencial de fertilidade
Forma de apresentação..... Painel
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