Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1286

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Lingüística e semiótica
Setor Departamento de Letras
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Marcelo Rodrigues de Lima
Orientador APARECIDA DE ARAUJO OLIVEIRA
Título Esquematização, Assimetria Focal e Categorização Prototípica nos estudos espaciais de preposições e locuções prepositivas do PB
Resumo O projeto “Características pragmático-cognitivas determinantes do uso espacial das locuções prepositivas acima de e abaixo de no Português Brasileiro” apresenta uma proposta de investigação sob a perspectiva da Linguística Cognitiva. O propósito principal dessa investigação, oriunda de estudos sobre a semântica de preposições do PB (OLIVEIRA, 2011, 2009, 2007a, 2007b), é descrever categorias distintas de usos espaciais de preposições e locuções prepositivas no eixo vertical, tais como sob/ embaixo de/ abaixo de e sobre/ em cima de/ acima de, tradicionalmente considerados dois grupos opostos de lexemas sinônimos. A questão central deste estudo é, portanto, a maneira como fatores de natureza cognitiva e pragmática – ignorados em estudos formalistas de semântica – podem motivar as distinções no uso desse grupo específico de preposições e locuções prepositivas. Esses fatores evidenciam a inexistência de uma simetria perfeita entre lexemas de pares considerados “conversos”, cuja oposição se deve à tomada de pontos de vista contrários ao longo de um eixo (LYONS, 1980). Para a Linguística Cognitiva, a cognição tem sua origem na experiência (Johnson, 1987), o que nos permite construir esquemas (imagéticos), isto é, representações mentais de padrões abstratos observáveis em diversas experiências. Do mesmo modo, Langacker (1987) considera a gramática de uma língua um sistema simbólico, cujo polo conceitual envolve processos cognitivos como a esquematização, a tomada de perspectiva e a atribuição de níveis diferenciados de saliência a elementos de cenas vivenciadas, aspectos esses fundamentais na semântica de preposições e verbos, por exemplo. Observa-se aí uma contribuição fundamental da Teoria da Gestalt para a Linguística Cognitiva, a qual foi igualmente explorada por Talmy (2000), ao descrever a maneira como a assimetria figura e fundo se faz presente em toda a linguagem e, em particular, na linguagem espacial. O uso de preposições espaciais também pode estar atrelado a questões de natureza pragmática, como a força da gravidade atuando sobre objetos (Vandeloise, 1991). Em nossa proposta de análise semântica, todos esses fatores contribuem para a polissemia das preposições. Esta é entendida como um processo de categorização prototípica (Rosch, 1978), no qual cada sentido pode se constituir de apenas algumas características de um grupo, e não de atributos necessários e suficientes como prevê o modelo de categorias clássicas, adotado pela semântica tradicional. Categorias prototípicas se organizam segundo o princípio de semelhanças de família proposto por Wittgenstein (1953), descrito em seu clássico exemplo da categoria jogo, a qual não pode ser definida senão pela intricada distribuição de características entre os diferentes tipos de jogos. Nessa apresentação, focaremos nos conceitos de Esquematização, Assimetria focal e Categorização Prototípica, buscando relacioná-los ao estudo das locuções prepositivas acima de e abaixo de do PB.
Palavras-chave esquematização, assimetria focal, categorização prototípica
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,70 segundos.