Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1272

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Farmacologia e bioquímica
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Túlio César Correia Lopes
Orientador ANDREIA PATRICIA GOMES
Outros membros ALCIONE DE PAIVA OLIVEIRA, LUIZ ALBERTO SANTANA, Rodrigo de Barros Freitas, RODRIGO SIQUEIRA BATISTA
Título As citocinas anti-inflamatórias na sepse
Resumo INTRODUÇÃO: A sepse é conceituada como a síndrome de resposta inflamatória sistêmica desencadeada por infecção. Trata-se, na atualidade, de uma complicação infecciosa com altas taxas de óbito no mundo. As citocinas – proteínas de baixo peso molecular ou glicoproteínas secretadas por leucócitos dentre outras células do organismo – apresentam fundamental importância na fisiopatologia da sepse. Na presente comunicação, será dada ênfase a atuação das citocinas anti-inflamatórias na sepse. OBJETIVO: Apresentar o papel desempenhado pelas citocinas anti-inflamatórias, destacando sua importância na fisiopatologia da sepse. MÉTODOS: A metodologia de pesquisa incluiu a consulta ao PubMed (U. S. National Library of Medicine), utilizando-se como descritor o termo "sepsis", sempre associado a uma das citocinas anti-inflamatórias, dentre as quais IL-10, IL-22, IL-1ra (antagonista do receptor da interleucina 1) e TGF β (fator transformador de crescimento β). RESULTADOS E DISCUSSÃO: A sepse grave continua a ser uma das mais significativas causas de morte de indivíduos internados em unidades de terapia intensiva. Trata-se de uma síndrome que apresenta um estado pró-inflamatório, evoluindo, mais tardiamente, para não-responsividade imunológica. Durante os processos infecciosos, a resposta inicial à ação microbiana é mediada pela produção de citocinas pró-inflamatórias, as quais vão modular a resposta imune (RI) aos agentes patogênicos. Ato contínuo a uma resposta inflamatória exacerbada – em geral com alta produção de citocinas pró-inflamatórias –, pode sobrevir o choque séptico. Diante dessas circunstâncias, percebeu-se, em casos de sepse, um aumento dos mediadores anti-inflamatórios como tentativa de manter o equilíbrio da RI desencadeada. Já se propõe que as citocinas anti-inflamatórias são prontamente produzidas em contrabalanço à vigência de uma resposta pró-inflamatória sistêmica exacerbada, como prevenção a possíveis efeitos deletérios que acometem o paciente com sepse. Apesar da importância do TGF-β na homeostase do processo inflamatório, estudos mostraram que nos casos de síndrome da angústia respiratória do adulto (SARA) associada à sepse, houve elevação significativa dos níveis séricos desse mediador nos indivíduos com desfecho fatal. Os níveis sanguíneos de IL-1ra foram maiores em estudos com pacientes que evoluíram ao óbito devido choque séptico. Apesar da atividade anti-inflamatória da IL-22, estudos apontam sua influência como determinante na fisiopatologia de doenças auto-imunes, o que fortalece a hipótese de ação pró-inflamatória da molécula nos pacientes com sepse. Níveis elevados da IL-10 podem induzir imunossupressão e aumento na letalidade. CONCLUSÃO: No contexto da sepse, as citocinas anti-inflamatórias apresentam-se como fatores potencialmente relacionados ao desfecho dos indivíduos acometidos. No entanto, ainda são necessários mais estudos capazes de averiguar a real influência delas e avaliar se podem predizer a evolução desses indivíduos.
Palavras-chave Citocinas, Inflamação, Sepse.
Forma de apresentação..... Painel
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