Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1255

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Bianca Lana de Sousa
Orientador HILARIO CUQUETTO MANTOVANI
Outros membros Alexandra Manoela Oliveira Cruz, Fernanda Godoy Santos
Título Influência da composição do meio de cultura no fenótipo de resistência a nisina em Staphylococcus aureus.
Resumo Staphylococcus aureus é um patógeno associado a doenças em humanos e animais, sendo responsável por grandes perdas econômicas e problemas de saúde pública. Peptídeos antimicrobianos (bacteriocinas) tem sido sugeridos como alternativa para o controle de linhagens de S. aureus resistentes a antibióticos. A nisina é a bacteriocina mais amplamente estudada e demonstra eficácia contra linhagens de S. aureus. Entretanto, estudos in vitro relatam a ocorrência de culturas de S. aureus resistentes à nisina. Apesar disso, os fatores que influenciam o fenótipo de resistência ainda são pouco conhecidos. O objetivo deste trabalho foi: 1) avaliar a influência de diferentes meios de cultura e de doses sub-inibitórias de nisina na resistência de S. aureus ATCC 29213 à nisina; 2) avaliar o efeito de diferentes concentrações de nisina no crescimento de S. aureus. As culturas foram cultivadas em batelada com transferências a cada 24 h em diferentes meios de cultura contendo 1,56 µM de nisina. Foram realizadas dez transferências (inóculo de 2 %, v/v) nos meios LB (Luria-Bertain), caldo nutriente, BHI (Brain Heart Infusion), TSB (Trypticase Soy Broth) e MH (Mueller-Hinton). Culturas transferidas nos meios sem adição de nisina foram utilizadas como controles. Após as transferências, a concentração Inibitória Mínima (CIM) para a nisina foi determinada. As culturas de S. aureus apresentaram aumento expressivo de CIM para nisina (>50 µM) após as transferências na maioria dos meio avaliados. Para avaliar o efeito da bacteriocina no crescimento de S. aureus, culturas sensíveis e resistentes da bactéria foram cultivadas em meio TSB (37 °C, 24 h) contendo diferentes concentrações de nisina (0, 5, 10, 40, 50 e 100 µM). As culturas resistentes foram capazes de crescer nas diferentes concentrações de nisina e não apresentaram variações significativas de D.O.600nm (24 h) e duração de fase lag em relação aos controles. Entretanto, culturas sensíveis à bacteriocina apresentaram redução de D.O.600nm e aumento de fase lag proporcional ao aumento da concentração de nisina no meio. Esses resultados demonstram que a resistência de S. aureus à nisina é influenciada pelas condições nutricionais e, uma vez resistentes, as células são capazes de se desenvolver em altas concentrações de nisina.
Palavras-chave Bacteriocinas, concentração inibitória mínima, condições nutricionais
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,67 segundos.