Resumo |
A criança diagnosticada com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) enfrenta dificuldades no seu processo de aprendizagem, e isso pode prejudicar a sua socialização, bem como gerar angústia e aflição nela e em seus familiares. Nesse contexto, demos início a essa pesquisa cuja ênfase se dá na alfabetização de um menino de oito anos de idade que possui diagnóstico em TDAH. Inicialmente, foi promovido um encontro com a família da criança com o objetivo de conhecê-la e nos aproximar do seu contexto familiar. Nesse encontro, através de conversas informais, fomos nos apropriando de alguns elementos do cotidiano da criança, desde suas preferências às suas necessidades, e isso tem sido de grande valia no desenvolvimento deste estudo. Contamos também com o apoio da escola, fornecendo material didático, por exemplo, e mantendo uma troca de informações sobre o progresso da criança, que são úteis para o melhor desempenho no trabalho de ambas as partes. A efetivação dessa proposta de pesquisa tem transcorrido mediante encontros presenciais em formato de oficinas, que são motivadas por atividades lúdicas e educativas. Essas são planejadas, previamente, à luz das demandas do processo de alfabetização da criança no que se refere à sua leitura, interpretação e escrita, com o intuito de, ao mesmo tempo, instigar a criança no envolvimento com a atividade e cumprir o papel de estimular a alfabetização do mesmo. No decorrer das oficinas,que ocorrem pelo menos duas vezes por semana,temos levado a criança a lidar com a observação visual, linguagem escrita e oral, e temos percebido que a junção desses elementos, numa perspectiva lúdica, a desperta no desenvolvimento de sua capacidade de leitura, interpretação e escrita. Dessa forma, percebemos a grande receptividade da criança na realização das oficinas, visto que se demonstra muito comunicativa e sugestiva durante os espaços de aprendizado. Dentre as dificuldades encontradas durante esse processo de execução das oficinas e contato com a criança, destacamos a sua resistência em reconhecer seu potencial e acreditar em si. Nesse sentido, notamos que a criança possui certo entrave em relação à leitura, e que considera difícil e extenso qualquer tipo de texto. Dessa forma, ela cria um tipo de preferência a atividades mais dinâmicas que envolvam objetos, cores e movimentos.Diante disso, além de implementar as atividades propostas, temos feito um trabalho motivacional com a criança no sentido de potencializar suas habilidades e dotá-la de ânimo e confiança para lidar com as atividades que considera mais complexas. |