Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1195

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Estatística aplicada
Setor Departamento de Estatística
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Camila de Paula
Orientador SEBASTIAO MARTINS FILHO
Outros membros Ariane Gomes Salles Tiburcio, Giovani da Costa Caetano, Lorena Tavares Oliveira, Rodrigo de Oliveira Pacheco
Título Fatores de risco de mortalidade de codornas de corte em crescimento
Resumo A coturnicultura vem se destacando como atividade agropecuária, sendo a carne um dos principais produtos. Mesmo que nem sempre seja introduzido explicitamente nos índices de seleção, a sobrevivência é muito importante em qualquer sistema de produção animal. Além disso, por ética, busca-se reduzir a mortalidade tanto quanto possível, independente das condições de criação. Todavia é uma informação de difícil análise, visto que não há conhecimento da data da morte do anima, por motivo de descarte anterior à morte. O objetivo deste trabalho é estimar a influência do peso ao nascimento, das estações do ano e dos diferentes níveis de proteína na dieta na mortalidade de codornas do nascimento até 42 dias de vida. O experimento foi realizado na Granja de Melhoramento de Aves da UFV. Os dados foram obtidos de 4425 codornas de corte (Coturnix coturnix), de duas linhagens, UFV1 e UFV2. Foram realizados quatro experimentos distintos, dois no inverno (887 animais da UFV1 e 887 da UFV2) e dois no verão (1426 animais da UFV1 e 1225 da UFV2). Os animais foram criados em boxes de piso de concreto, cerca de 1m², coberto com cama de maravalha, com aquecimento à lâmpadas elétricas e fornecimento de água e comida à vontade. Os animais da mesma linhagem foram divididos aleatoriamente em grupos de 10, totalizando 5 boxes para cada nível de proteína na dieta. Os níveis de proteína bruta na ração foram divididos em ímpares (25, 27, 29,31 e 33%) e pares (24, 26, 28, 30, 32%), utilizados alternadamente em cada uma das duas estações (inverno e verão), resultando em quatro experimentos. Em todas as manhãs as mortes foram constatadas, codificadas de forma binária (1, morte e 0, censura). Os dados também foram codificados quanto à época do ano (0, verão e 1, inverno) e quanto à linhagem (1,UFV1 e 2, UFV2). O peso ao nascimento das aves foi registrado para todos os animais, bem como o nível de proteína bruta na dieta, sendo essas variáveis contínuas. As curvas de sobrevivência foram produzidas a partir de estimativas de Kaplan-Meier e, as razões de risco, a partir do modelo de risco proporcional de Cox. As análises foram realizadas pelo procedimento PHREG do programa SAS. Os diferentes níveis de proteína não foram significativos (P=0,6656) pelo teste qui-quadrado. O efeito das estações do ano foi significativo (P<0.001) com razão de risco de 5,959, isto é, a probabilidade de morte no inverno é 500%, ou seis vezes, maior no inverno. O efeito da linhagem foi significativo (P=0,0017), com razão de risco de 0,763, indicando que a linhagem UFV1 tem probabilidade de morte 23,7% menor que a UFV2. O peso ao nascimento também foi significativo (P<0,001) com razão de risco de 0,768, assim, cada grama de incremento no peso ao nascimento aumenta em 23,2% a chance de o animal sobreviver. Os fatores que influenciam a mortalidade em codornas de corte até os 42 dias são: peso ao nascimento, linhagem e estação do ano, sendo o último de maior influência.
Palavras-chave coturnix coturnix, modelo de cox, codorna de corte
Forma de apresentação..... Oral
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