Ciência, saúde e esporte: conhecimento e acessibilidade

21 a 26 de outubro de 2013

Trabalho 1184

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Lincohn Carvalho Lacerda
Orientador CRISTINA MATTOS VELOSO
Outros membros Janmson Sanmunielsen Alencar Alves dos Santos, Marco Aurélio Schiavo Novaes, Polyana Pizzi Rotta, Tathyane Ramalho Santos
Título Efeito do nível alimentar materno sobre o cumprimento intestinal fetal em bovinos mestiços Holandês x Gir
Resumo Alguns estudos têm mostrado que fetos oriundos de vacas alimentadas com menor nível nutricional apresentam deficiência de crescimento, que pode persistir durante a vida toda. Recentemente, tem sido levantada a hipótese de que o baixo desempenho produtivo da progênie pode estar relacionado ao menor desenvolvimento do trato gastrintestinal ao nascimento, ocasionando menor absorção de imunoglobulinas logo após o nascimento e levando à produção de bezerros com menor carga imune e mais propensos a doenças que podem prejudicar o desenvolvimento. Esse estudo teve por objetivo avaliar o comprimento dos intestinos de fetos oriundos de vacas alimentadas com alto ou baixo nível alimentar durante toda a gestação. Quarenta e uma vacas adultas, multíparas, mestiças Holandês×Gir, prenhes de um único touro Gir, foram divididas em dois grupos, sendo um grupo de alimentação restrita a 1,15% do peso vivo por dia (n = 23) e outro de alimentação à vontade (n = 18). Todas as vacas foram alimentadas com uma única dieta, contendo 93% de silagem de milho e 7% de concentrado. Dentro de cada grupo alimentar, subgrupos de vacas foram abatidos aos 140, 200, 240 e 270 dias de gestação para avaliação do comprimento intestinal fetal, perfazendo, assim, um arranjo fatorial 2×4, com dois níveis alimentares e quatro tempos de gestação. Ao abate, o útero grávido foi seccionado na altura da cérvix, sendo,posteriormente, extraído o feto, que foi dissecado. Os intestinos delgado e grosso de cada feto foram então seccionados, esvaziados por pressão mecânica e medidos.Não foi observada interação(P>0,05) entre nível alimentar e tempo de gestação para as características avaliadas. Não foi observado efeito do nível alimentar materno (P=0,71) sobre o comprimento do intestino delgado, que teve, em média, 363, 855, 1117 e 1199 cm aos 140, 200, 240 e 270 dias de gestação, respectivamente. O comprimento do intestino delgado aumentou durante a gestação (P<0,01) até os 240 dias, não sendo observadadiferença significativa (P>0,05) entre 240 e 270 dias de gestação. Fetos oriundos de vacas alimentadas à vontade apresentaram intestino grosso mais comprido (P=0,04) do que fetos oriundos de vacas com alimentação restrita (137 vs 125 cm, respectivamente). Da mesma forma que para o intestino delgado, foi observado aumento (P<0,01) do intestino grosso até os 240 dias de gestação, não sendo observada diferença significativa (P>0,05) entre a medida do intestino grosso aos 240 e 270 dias de gestação. O comprimento do intestino grosso dos fetos, nesse estudo, foi, em média, 65, 126, 161 e 171 cm aos 140, 200, 240 e 270 dias de gestação, respectivamente. Conclui-se que o nível alimentar materno não influencia o desenvolvimento do intestino delgado em fetos bovinos, quando a variação alimentar materna vai de 1,15% do peso vivo por dia até alimentação à vontade. Vacas alimentadas à vontade produzem fetos com intestino grosso mais comprido do que fetos oriundos de vacas com alimentação restrita.
Palavras-chave feto, nutrição materna, trato digestório
Forma de apresentação..... Painel
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